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Golpistas são presas em operação do MP e Polícia Civil em Pentecoste

As mulheres pediam dinheiro emprestado com a promessa de um retorno financeiro maior

Promotorde Justiça, Jairo Pequeno Neto, comandou a operação junto com a Polícia Civil para a prisão das estelionatárias

22/01/2021 8:19

Uma ação conjunta do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) e da Polícia Civil do Estado resultou na prisão de duas mulheres especializadas em crimes de estelionato, que atuavam no município de Pentecoste (a 88Km de Fortaleza), com possibilidade de terem aplicado golpes em outras cidades da região do Vale do Curu. Pelo menos dez pessoas compareceram à Delegacia de Pentecoste e registraram Boletins de Ocorrência (B.O.). Para convencer as vítimas e obter vantagens financeiras, as mulheres utilizavam nomes de autoridades.

O promotor de Justiça Jairo Pequeno Neto, da Promotoria de Justiça de Justiça de Pentecoste, conduziu o trabalho de investigação com a Polícia Civil, através do titular da delegacia do município, Victor Piona. O promotor adverte que a população precisa estar atenta a esse tipo de golpe, em que o estelionatário recebe vantagens em troca de um benefício posterior. “Infelizmente isso é muito comum. As pessoas se utilizam da boa-fé das vítimas, contraem empréstimos e convencem até mesmo amigos e familiares a transferirem dinheiro e bens para o seu nome”, explica.

Francisca Damillyes Galvão de Sousa e Ana Délia Guimarães Marinho relatavam para as vítimas que o pai de Ana Délia, aposentado do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), receberia uma vultosa quantia em dinheiro após um suposto processo referente a ele ser julgado. A dupla conquistava a confiança das vítimas utilizando nomes de autoridades do Poder Judiciário e do Ministério Público, afirmando que estes estavam acompanhando a suposta ação judicial.

Taxas bancárias

As mulheres as pediam dinheiro emprestado com a promessa de um retorno financeiro maior e imediato, afirmando que os valores seriam utilizados no pagamento de taxas bancárias e de honorários de advogados. O promotor de Justiça Jairo Pequeno Neto acredita que o número de vítimas é maior e que as mulheres agiram em outras cidades do Vale do Curu.

As ordens de prisões preventivas foram expedidas pelo juiz de Direito da Comarca de Pentecoste, Wallton Paiva, e cumpridas no final da manhã desta quinta-feira (21/01). De acordo com o delegado Victor Piona, as investigações continuam, de modo que “as pessoas que ainda não registraram boletins de ocorrência devem procurar a delegacia mais próxima para formalizar a denúncia e para que os casos sejam inclusos no inquérito policial”.

Entre os denunciantes está um servidor público que tinha relacionamento amoroso com Ana Délia, vendeu carro, moto e contraiu três empréstimos bancários a pedido de Ana Délia, que prometia uma casa em troca da ajuda. O prejuízo é estimado em mais de R$ 25.000. Uma amiga de Ana Délia também fez empréstimos de cerca de R$ 25.000 e uma outra vítima emprestou quase todas as parcelas de seu auxílio emergencial.   O golpe se entendeu ao longo do ano de 2020. Os valores eram entregues em mãos ou depositados em nome do pai de Francisca Damillyes, que já responde a um processo na Justiça por ter aplicado vários golpes nos anos de 2018 e 2019 na cidade de Pentecoste. À época, a investigada falsificou documentos do Poder Judiciário, envolveu o nome de um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), de um advogado do Ceará e fraudou conversas no aplicativo

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