“Zé de Valério” é levado para um presídio em Itaitinga em operação policial sigilosa
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“Zé de Valério” é levado para um presídio em Itaitinga em operação policial sigilosa

O vaqueiro que passou 78 dias em fuga agora é considerado preso provisório do Ceará

"Zé de Valério" cometeu crimes em Tauá e Pedra Branca, até ser preso na semana passada

17/07/2019 9:02

Numa operação silenciosa, sem a presença da Imprensa, a Polícia transferiu, nesta terça-feira (16), o vaqueiro Valdemir Pereira da Costa, o “Zé de Valério” para uma unidade do Complexo Penitenciário do Ceará, no Município de Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Desde a última sexta-feira (12), quando foi preso no Piauí, ele era mantido numa cela isolada da Delegacia de Capturas e Polinter (Decap), no Centro da Capital.

“Zé de Valério” agora é considerado um preso provisório do Sistema Penitenciário do Ceará, pois teve prisão preventiva decretada pela Justiça e vai  aguardar, preso, o julgamento pelos seus crimes. Durante 78 dias ele permaneceu em fuga nos sertões do Ceará e do Piauí, desafiando e driblando as autoridades policiais dos dois  estados nordestinos.

“Zé de Valério”, ou “Zé da Foice”, foi capturado na última sexta-feira na localidade de Jatobá Medonho, um lugarejo na zona rural do Município de Buriti dos Montes, no Sertão do Piauí, após uma longa jornada de fuga. No Ceará, após assassinar a estudante Daniele Oliveira Silva, 20, na noite de 24 de abril último, ele passou pelos municípios de Pedra Branca (onde aconteceu o crime), Senador Pompeu, Quixeramobim, Boa Viagem, Independência e Tauá, antes de chegar ao Piauí.

Mortes

De acordo com as autoridades, “Zé de Valério” forjou uma identidade falsa, com o nome fictício de José Pereira da Costa, após praticar seu primeiro assassinado em 19 de abril de 2013, quando matou, a tiros, a comerciante Maria Solange Cesário, em Tauá, nos Inhamuns  (a 337Km de Fortaleza). Na mesma ocasião, tentou assassinar o marido dela, o comerciante e agricultor Tércio Fernandes Cunha, que sofreu vários tiros do vaqueiro, mas sobreviveu. Na época, o vaqueiro era empregado do casal e estava insatisfeito com o atraso de salários.

O segundo crime ocorreu em abril último, quando ele assassinou a universitária Daniele em Pedra Branca. De acordo com as investigações, a jovem foi estuprada e morta com um tiro na cabeça. A partir dali, “Zé de Valério” passou a ser caçado no Ceará.

Por medida de segurança, a Polícia não informou em qual presídio o vaqueiro vai permanecer preso à disposição da Justiça.

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