Vereador celebra rejeição do pedido de cassação de Braguinha com dancinha
Eliandro Mesquita foi um dos 6 vereadores que votaram contra a cassação de Braguinha
(Foto: reprodução/vídeo)
14/08/2023 18:57
O vereador de Santa Quitéria, Eliandro Mesquita (PSB), comemorou com uma "dancinha" o arquivamento do pedido de impeachment do prefeito afastado Braguinha, em sessão realizada na última sexta-feira (11). O parlamentar foi um dos seis vereadores que votou contra o acolhimento do pedido protocolado pelo vereador Renato Catunda (PT).
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Nas imagens, é possível ver o momento em que Eliandro Mesquita, que ocupa o cargo de 1º secretário da Casa Legislativa, faz uma dancinha após o presidente Joel Barroso (PSB) encerrar a sessão. O vídeo circulou nas redes sociais.
Confira o momento:
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Sobre o pedido
O pedido de impeachment foi protocolado pelo vereador Renato Catunda (PT), na última quarta-feira (9). Em documento enviado para a Câmara Municipal, o parlamentar apresentou as provas coletadas pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), que provocaram investigação e operação da Procuradoria de Justiça dos Crimes contra a Administração Pública (PROCAP) – deflagrada em abril – contra a administração de Braguinha e também anexou os vales-combustíveis pagos pelo Município, que beneficiaram cinco vereadores.
Mais confusão
O promotor de Justiça da 1ª Promotoria de Santa Quitéria, José Arteiro Soares Goiano, determinou na última segunda-feira (7) o prazo de 30 dias para que o presidente da Câmara Municipal, Joel Madeira Barroso, filho de Braguinha. preste alguns esclarecimentos e informações ao Ministério Público.
O pedido partiu da Promotoria-Adjunta do Município, junto à Procap, e elencou supostas irregularidades que transcorreram ao longo deste período de governo interino envolvendo o Poder Legislativo, e que segundo o órgão “atentariam contra a moralidade administrativa”.
Confira as acusações
- Joel foi comunicado de forma oficial sobre o afastamento do prefeito Braguinha em 11 de abril, tendo dado posse à Lígia Protásio dois dias depois. Neste curto tempo, gestores e ordenadores de despesas efetuaram pagamentos na ordem de R$ 1,3 milhão, que estaria em desacordo com a Lei;
- Demora da Presidência para convocar a sessão extraordinária de posse, obstruindo para a nova gestão assumir e provocando danos ao erário;
- O presidente, por também ser filho do gestor afastado, “agiu e está agindo em conluio” com o investigado;
- Articulação política para o afastamento de Lígia “para tomar o seu lugar na gestão do Executivo e perpetuação de irregularidades”.