A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, baixa nesta quinta-feira (17) uma resolução determinando que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) acompanhe online os orçamentos dos tribunais de justiça nos Estados, informa a edição de hoje do Estado de S. Paulo. A decisão é uma reação aos altos salários pagos a juízes do Mato Grosso, que  receberam até meio milhão de reais de salários em julho. O presidente do Tribunal de Justiça do MT, Rui Ramos Ribeiro, que autorizou os pagamentos, foi convocado  às pressas pelo corregedor do CNJ, João Otávio de Noronha, para se explicar. Os detalhes da resolução foram discutidos em reunião reservada nesta quarta-feira  entre a ministra Cármen Lucia e o próprio corregedor geral João Otávio. Enquanto isso, um grupo de trabalho do CNJ conclui em trinta dias um estudo que deve recomendar a padronização dos dados sobre os salários dos juízes e a divulgação pelos Tribunais de Justiça na internet. A ideia é que os valores sejam detalhados, e se for indenização, tem que dizer porquê. Nessa semana O Estado de S. Paulo divulgou a informação que o juiz Mirko Vizenzo Giannotte, da 6ª Vara da cidade de Sinope, recebeu no mês de julho R$ 404.112,09 do Tribunal de Justiça do Mato Grosso. Ontem mesmo o corregedor Nacional, ministro João Otávio de Noronha,  determinou a abertura de pedido de providencias para suspender os pagamentos milionários de salários dos juízes no Mato Grosso.