Torcidas organizadas de Ceará e Fortaleza premeditaram o confronto antes do Clássico Rei, diz Polícia Civil
s torcidas organizadas entraram em confronto violento na avenida Osório de Paiva
10/02/2025 19:51
A Polícia Civil do Ceará (PCCE) informou, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (10), que os grupos coordenaram a identificação dos membros por meio de publicações nas redes sociais, determinando o uso de camisas brancas para torcedores do Fortaleza e pretas para os do Ceará. As torcidas organizadas entraram em confronto violento na avenida Osório de Paiva, no bairro Canindezinho, horas antes da partida entre Ceará e Fortaleza, no sábado (8).
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Segundo o relatório, os torcedores costumam marcar pontos de encontro antes dos jogos para seguir rumo ao estádio promovendo desordem e enfrentamentos, inclusive com membros do próprio time que não são considerados aliados.
De acordo com a PCCE, mensagens divulgadas em perfis no WhatsApp, como “BONDEDOSHOOLIGANS1918” e “LEOESDATUFZSOFICIAL”, orientavam os integrantes sobre locais de concentração e códigos de vestimenta. Além disso, outra torcida do Fortaleza, a Jovem Garra Tricolor (JGT), usaria camisas azuis. No lado do Ceará, a padronização foi comunicada pelo perfil “CEARAMOROFICIAL”, determinando o uso de camisas pretas.
A Delegacia de Combate às Ações Criminosas Organizadas (Draco) investiga a atuação dessas torcidas como organizações criminosas. No dia do confronto, a avenida foi cenário de uma “guerra”, segundo relatório da Polícia Civil, com pedras, pedaços de madeira e explosivos caseiros sendo arremessados entre os grupos.
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O Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (TJDF-CE) já havia proibido a presença dessas torcidas nos estádios, independentemente de os clubes serem mandantes ou visitantes. No entanto, os grupos seguiram se organizando e instruíram seus membros a utilizarem cores específicas para identificação.