O presidente interino do PSDB, Tasso Jereissati (PSDB), afirmou, em entrevista ao Estadão, que não pretende disputar o Governo do Ceará em 2018 e nem mesmo a presidência do partido. Para o senador cearense, a sigla, assim como o Palácio da Abolição, precisa de renovação e defende um "cabeça-preta de mentalidade" para assumir o comando tucano. Apesar de ser um dos "caciques" do PSDB, Tasso é a maior liderança dos chamados "cabeças-pretas" - grupo de tucanos composto, em geral, por parlamentares mais novos que querem o desembarque da base do governo Michel Temer. O senador cearense garantiu que não irá disputar a presidência do partido, mas admitiu haver pressão interna para que mude de ideia. Segundo Tasso, haverá um embate de ideias durante a convenção nacional do PDSB, marcada para dezembro, que deverá definir o presidente da sigla e o candidato à Presidência da República. Para o senador, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, é o "primeiro da fila" para disputar o Planalto, mas não ignora que possam surgir outros nomes além do prefeito de São Paulo, João Doria, que também é visto como pré-candidato. Palácio da Abolição O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PDMB), reforçou, neste sábado (26), durante encontro regional do PMDB em Massapê, com presença de lideranças de partidos aliados, que quer a oposição unida em torno da sua candidatura ao Governo. Segundo o peemedebista, ele só deixaria de disputar o cargo caso Tasso demonstrasse interesse. Hoje, além de Eunício, o deputado estadual Capitão Wagner também se afirma como pré-candidato ao Governo pelo PR, mas já admitiu estar disposto a dialogar o posicionamento e concorrer a outro cargo, no Senado ou Câmara, a depender dos encontros entre a oposição.