Hidrogenio verde e o combustivel do futuro

Tasso liga para Temer e defende programa do PSDB que vai ao ar hoje à noite

Tasso Jereissati

17/08/2017 15:54

O presidente nacional interino do PSDB, Tasso Jereissati, ligou para o presidente Michel Temer (PMDB) para explicar que o foco do programa do partido – uma peça de 10 minutos que será veiculada na TV na noite desta quinta-fera (17), não é o comandante do Planalto. Segundo Tasso, o vídeo visa a defender o parlamentarismo e a criticar a falência do sistema presidencialista.

A peça, produzida pelo marqueteiro de confiança de Tasso, Einhart Jácome, causou desconforto no Planalto ao usar como argumento para defender o parlamentarismo a cooptação de parlamentares. Segundo o vídeo, no Brasil, vivemos um presidencialismo de cooptação: “Presidencialismo de cooptação é quando um presidente tem que governador negociando individualmente com políticos ou com partidos que só querem vantagens pessoais, que não pensam no País, uma hora apoia, outra não, e quando apoia, cobra caro”.

“Não tem nada contra Temer, aliás, o programa defende o Temer ao apontar as dificuldades que enfrenta para governar. Aliás, não é o programa que diz que Temer está comprando deputado com dinheiro, o programa fala que no presidencialismo de cooptação se troca apoio por vantagens. E quem apareceu na televisão dizendo que se a fatura não for paga não vota as reformas, foi um deputado da base aliada de Temer”, afirmou Tasso.

O presidente, desde quando assumiu o Planalto, negocia cargos para manter sua extensa base aliada. A situação chegou ao ápice durante a votação da denúncia contra Temer por corrupção passiva, na Câmara dos Deputados, quando criou-se um verdadeiro balcão de negócios para garantir votos para barrar as investigações contra Temer em troca da liberação de emendas parlamentares e cargos.

Incômodo interno

No entanto a maior incomodada com o vídeo foi a ala do PSDB que defende a permanência do partido na base de Michel Temer. Os tucanos governistas sentiram-se alfinetados pelo trecho que fala sobre a necessidade da sigla de rever seus erros e corrigi-los. “Temos que revisar nossos erros. Temos que nos conectar com as pessoas. Erramos a cada vez que cedemos ao jogo da velha política. Mas se tem um erro que nós não vamos cometer é o de defender o indefensável porque tudo isso já passou da hora de mudar”.

O trecho afirma ainda que os tucanos acabaram aceitando a troca de favores individuais e vantagens pessoas em detrimento da necessidade da população. Isso foi considerado uma indireta aos membros do partido que decidiram manter os cargos no Governo Temer e votaram contra a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que foi barrada.

Com informações do O Globo

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