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Tasso afirma que racha no PSDB é “página virada” após reunião com Aécio

Tasso Jereissati e Aécio Neves

24/08/2017 15:12

O presidente nacional interino do PSDB, Tasso Jereissati, afirmou, nesta quinta-feira (24), que a racha interno do partido é “página virada” após reunião com lideranças tucanas. O presidente afastado da legenda, Aécio Neves, endossou a fala do senador cearense e afirmou que Tasso fica na presidência até o dezembro, quando acontece a convenção da sigla para eleger o novo presidente e o candidato à Presidência da República em 2018.

“Nós temos uma relação pessoal extraordinária, o que nos permite divergir sobre determinadas questões. Mas as divergências foram superadas e nós continuaremos na nossa trilha de construir um projeto para o país, e isso pressupõe um PSDB unido. E a unidade se dará em torno da interinidade do senador Tasso até o mês de dezembro, onde, aí sim, o PSDB elegerá, pela sua convenção, uma nova direção representando todos os segmentos do partido. E já sob alguma influência do futuro candidato do PSDB”, afirmou Aécio.

O partido está dividido entre os que apoiam uma relação ainda mais próxima com o presidente Michel Temer (PMDB), liderados por Aécio; e os que defendem o desembarque da base do Planalto, a entrega dos quatro ministérios hoje nas mãos do PSDB e a limpeza da imagem do partido, através de uma autocrítica, liderados por Tasso Jereissati com apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Após a divulgação, na semana passada, do novo programa partidário tucano, com o mote “o PSDB errou”, o racha chegou ao ápice. A ala governista e o Palácio do Planalto ficaram incomodados com a peça, que afirmou que o País vive um “presidencialismo de cooptação”, onde parlamentares trocam o apoio ao governo por emendas, cargos e benefícios pessoais. Com o apoio de Temer, os governistas chegaram a articular a derrubada de Tasso da presidência.

No entanto o senador cearense resistiu e afirmou que só sairia caso Aécio quisesse reassumir o cargo, além de defender que a ala governista não representava a maioria dos tucanos. Após a reunião de hoje, Tasso, indagado se a paz estava selada na sigla, respondeu que “não precisava selar a paz onde não tinha guerra”.

Apesar do discurso conciliador de ambos os lados, ainda há “pouquíssimas” divergências, que não foram especificadas, entre os tucanos.

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