Sobral atingiu a meta de eliminação da transmissão vertical de HIV – ocorrida durante a gestação, o parto ou a amamentação. A cidade da região Norte do Ceará foi uma das 43 localidades do Brasil a receber certificação do Ministério da Saúde, em evento no início deste mês, em Brasília, sendo a única do Nordeste a chegar nesse patamar. Além do HIV, o governo federal observou nos municípios a eliminação do contágio de sífilis, outra infecção sexualmente transmissível.

Para a assessora técnica da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), Léa Maria Moura Barroso Diógenes, esse reconhecimento é uma evidência de que não só Sobral, mas o estado cearense tem buscado barrar a transmissão vertical do vírus.

“Com a conquista, Sobral demonstrou uma melhoria na qualidade da assistência, na realização de pré-natais, no atendimento a mulheres que procuram unidades de saúde em busca da testagem rápida de HIV e demais serviços”, avaliou.

De acordo com Diógenes, atuante na Coordenação Estadual de IST/HIV, Aids e Hepatite Virais da Sesa, as estratégias aplicadas evitam o desfecho desfavorável: a contaminação do bebê.

Para a certificação, são considerados indicadores de impacto como incidência de sífilis congênita, de infecção pelo HIV em crianças e taxa de transmissão vertical de HIV, e indicadores de processo como proporção de gestantes com pelo menos quatro consultas de pré-natal e um teste de HIV e/ou sífilis na gestação, além de proporção de pessoas que engravidam em uso de tratamento antirretroviral e com terapia adequada para sífilis.

“A certificação de município livre da transmissão vertical do HIV é muito importante e retrata um trabalho de longo prazo e longitudinal, no qual toda a rede de atenção à saude de Sobral esteve e está envolvida. Ter a certeza de que hoje não temos mais transmissão vertical do vírus evidencia o compromisso da gestão em fazer saúde. Agora buscamos o selo de certificação de eliminação da transmissão vertical da sífilis”, afirma a titular da pasta municipal, Letícia Reichel.

Prevenção

A presença da IST no período gestacional pode afetar a criança e causar complicações para a mãe e o bebê. Medidas preventivas devem ser adotadas tão logo haja diagnóstico positivo para o vírus ou, em caso de infecção prévia, a gravidez seja descoberta.

O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente profilaxias para evitar a transmissão vertical do HIV.

(*) Com informações da Secretaria da Saúde do Ceará