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Sarto garante: Ciro desapareceu da campanha por ter pegado covid

Candidato do PDT não teve apoio explícito do presidenciável

José Sarto

24/11/2020 16:27

O candidato do PDT à Prefeitura de Fortaleza, José Sarto, concedeu entrevista publicada hoje (24) à Folha de S. Paulo, esclarecendo que o presidenciável Ciro Gomes não o apoiou abertamente no primeiro turno porque estava com covid-19.

"Cada um tem uma função estabelecida. O Ciro teve Covid-19, acabou se afastando um pouco. Eu também tive Covid-19 e precisei ficar um tempo fora das ruas, é uma campanha diferente por causa da doença, uma campanha mais curta. Tínhamos uma metodologia para que eu me tornasse mais conhecido a uma parcela da população e nossa defesa, e que Ciro também defende, é da continuidade desse projeto com avanços", disse Sarto.

Assim, o candidato nega o murmurinho no meio político de que Ciro se afastou porque tem desaprovação de 64% dos eleitores em Fortaleza.

Em tempo

Sarto, ainda na mesma pesquisa, garantiu que as operações deflagradas pela PF, tendo como alvo a Prefeitura de Fortaleza ou empresário que prestava serviço para ela, são estranhas.

"Como dizemos aqui no Ceará, isso é uma 'marmota', uma ação estranhíssima e que vem acontecer pouco antes da eleição. Uma delas foi com participação da CGU [Controladoria-Geral da União], que tem ligação direta com o governo Bolsonaro, estranho que demande isso bem nesse período. No caso dos respiradores a prefeitura tomou todas as precauções, processando [a empresa] e recebeu recursos de volta".

Em tempo II

Sarto também atacou Capitão Wagner, que está na corrida pela Prefeitura.

"Se você observar, a violência em Fortaleza aumentou muito de 2012 para cá depois do primeiro motim dos policiais, que foi de 2011 para 2012. O Réveillon daquele ano foi de um pânico generalizado em Fortaleza. A ação dessas facções começou a encorpar ali, no motim que nasceu também com meu adversário [Capitão Wagner]", disse.

E Sarto completou: "Um ato ilegal, as forças policiais não podem fazer paralisações, e tem uma ligação umbilical os dois motins [2011 e 2020] com a violência. Mas o município já tem ajudado, com a criação das areninhas [campos de futebol society em praças], torres de vigilância e videomonitoramento nas ruas em parceria com o governo estadual".

Em tempo III

Na mesma entrevista, Sarto falou sobre o apoio do PT no segundo turno, mesmo o PDT tendo atacado Luizianne na primeira parte da Eleição.

"É uma crítica programática usando pesquisa do Datafolha [de 2010] que colocava a Prefeitura de Fortaleza como a pior avaliada entre oito capitais. Tenho muito respeito a ela. Era uma crítica política, como houve críticas à gestão de Roberto Cláudio (PDT). Tenho recorrido a Belchior para falar desse assunto: "Passado é uma roupa que não se veste mais".

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