Sargento da PM é procurado como foragido da Justiça por vários crimes

As investigações sobre o PM decorreram de crimes praticados no Município de Banabuiú

O sargento Everaldo Florêncio teve prisão preventiva decretada pelo juiz de Quixadá

21/10/20 12:42

Um sargento da Polícia Militar do Ceará, apontado como integrante de uma quadrilha familiar,  responsável por assassinatos e outros crimes graves no Sertão Central cearense, está foragido da Justiça e sendo caçado.  Ele fugiu após ter sua prisão preventiva decretada pelas autoridades que o apontam como de alta periculosidade. Os crimes atribuídos ao militar aconteceram em Banabuiú (a 194Km de Fortaleza) e o Ministério Público Estadual já denunciou o PM e outros membros de sua família.

O militar que agora é procurado pela própria Polícia Militar chama-se  Everaldo Moreira Florêncio, sargento da Ativa da PM. Ele teve a custódia preventiva decretada no último dia 7, por decisão do juiz de Direito Welithon Alves de Mesquita, da 1ª Vara da Comarca de Quixadá. No mesmo documento, o juiz decretou também as prisões do pai do sargento, Edivardo Florêncio de Almeida; e de um irmão dele, Edwardes Moreira Florêncio, que também e sargento da PM. Os dois últimos já estão presos.

O pedido de prisão para o militar foragido, seu pai e o irmão,  foi feito pelo Ministério Público em aditamento de denúncia criminal no processo em que pai e filhos, juntamente com o pistoleiro James de Oliveira Bandeira, o “Coquinho”, são acusados do assassinato de Raimundo Nonato Ferreira Paulino, crime ocorrido na cidade de Banabuiú  no dia 16 de julho de 2018.

De acordo com a Justiça, o assassinato deu sequência a um “rosário” de delitos praticados pela família Florêncio em Banabuiú, fatos que se arrastam há mais de uma década. A família teria formado, conforme o MP, uma verdadeira quadrilha que vinha praticando crimes e permanecendo impune, causando terror à população daquele Município.

Prisões decretadas

Nos autos do processo consta que em na primeira fase, o Ministério Público denunciou apenas o pistoleiro James de Oliveira Bandeira, o “Coquinho”, como autor material do crime. No entanto, o caso foi parar na Procuradoria Geral de Justiça do Estado (PGJ). O próprio procurador-geral da Justiça do Estado do Ceará determinou o aditamento da denúncia e nomeou uma nova promotora para atuar no processo.

Nesta segunda fase processual, os membros da família Florêncio foram denunciados como mandantes do assassinato e tiveram a prisão preventiva decretada. As investigações, na época, foram realizadas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). De acordo com o inquérito, a morte de Raimundo Nonato Paulino teria sido uma “queima de arquivo”.

A quadrilha, porém, é acusada de outros delitos em Banabuiú. Os dois sargentos e irmãos também são alvos de uma investigação disciplinar que tramita em sigilo na Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e do Sistema Penitenciário do Estado do Ceará (CGD), e poderão ser expulsos da Corporação diante dos fatos já apurados pela Polícia Judiciária e comprovados através da denúncia do Ministério Público Estadual.

As buscas ao sargento Everaldo Moreira Florêncio estão sendo acompanhadas pelo MP, que já deu ciência do fato ao Comando-Geral da PM.

Decisão judicial pela prisão dos acusados (dois sargentos da PM e o pai deles)

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