Quando a pequena Maria Grazielle nasceu, em Lavras da Mangabeira, no Sul cearense, uma equipe do Serviço Móvel de Urgência e Emergência (Samu 192) Ceará chegou a sua casa para oferecer os primeiros cuidados e levá-la ao hospital mais próximo. Distante dali, em Santa Quitéria, profissionais do órgão estavam na base quando um pai, em desespero, surgiu com a filha nos braços. A menina estava engasgada e, após ser socorrida, voltou a respirar.

Na região do Vale Jaguaribe, a equipe do Serviço foi acionada para transportar Maria Betânia até o Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM), em Fortaleza. A paciente de 55 anos estava infartando. Na ambulância, o protocolo de uso do trombolítico foi decisivo para a sua recuperação sem sequelas.

As três histórias são reais e se repetem cotidianamente nos atendimentos prestados pelo Samu Ceará, instituição que completa 15 anos nesta segunda-feira (30). O Serviço é vinculado à Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) e administrado desde 2022 pela Fundação Regional de Saúde (Funsaúde).

As atividades começaram em 2008, contemplando 14 municípios. Quatro anos depois, 46 municípios eram contemplados pelo suporte. Em 2013, 79. No ano seguinte, já eram 129 cidades assistidas – 71% do Estado.

De 2018 a 2020, a partir de um projeto de ampliação, a cobertura alcançou 100% do território cearense, com exceção da Capital, onde o serviço é municipalizado. Em uma década e meia, o órgão soma mais de 538 mil ocorrências e três milhões de ligações atendidas.