Roberto Cláudio critica Girão por convocação para a CPI da Covid no Senado - CN7

Roberto Cláudio critica Girão por convocação para a CPI da Covid no Senado

O ex-prefeito de Fortaleza deve ser convocado para explicar sobre hospital no PV

Roberto Cláudio critica Girão por convocação para a CPI da Covid no Senado

Roberto Cláudio. (Foto: divulgação)

29/04/2021 19:26

O ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), se manifestou nas redes sociais nesta quinta-feira (29) sobre a convocação para prestar esclarecimentos na CPI da Covid, no Senado, com relação ao hospital de campanha montado no estádio Presidente Vargas, na capital cearense. Ele criticou o senador Eduardo Girão (Podemos), autor do requerimento, que, segundo ele, nunca "mexeu uma palha" para dar apoio no combate à pandemia da Covid-19.

"Não houve qualquer mobilização política por parte do senador Girão em apoio às medidas locais de isolamento social, à aquisição de insumos médicos ou ao trabalho de assistência aos nossos doentes fortalezenses, nem mesmo para viabilizar vacinas ao Ceará!", escreveu em um trecho da publicação.

Roberto Cláudio ainda chamou o parlamentar de "bajulador do Governo Bolsonaro" e acusa Girão de tentar obstruir a investigação sobre as ações e omissões do governo federal no combate à pandemia do coronavírus. "Continua sem falar aos doentes, aos familiares que perderam entes queridos ou a apoiar as sérias ações de saúde da Prefeitura de Fortaleza e do Governo do Estado. Se apequenou na políticagem do conchavo e do interesse mesquinho.", disse.

Leia o texto completo de Roberto Cláudio:

"Me impressiona esse intempestivo “proativismo” do Senador Eduardo Girão em relação à pandemia. E minha surpresa encontra justificativa quando me lembro do fato de que durante os mais de oito meses em que estive à frente da condução das ações da Prefeitura de Fortaleza (de março a dezembro de 2020) no combate à pandemia, não recebi nem mesmo uma ligação telefônica de solidariedade ou oferta de apoio do Senador à nossa gente. Postura de absoluta omissão que é bem diferente das dos outros dois senadores cearenses, Cid Gomes e Tasso Jereissati. Não houve qualquer mobilização política por parte do senador Girão em apoio às medidas locais de isolamento social, à aquisição de insumos médicos ou ao trabalho de assistência aos nossos doentes fortalezenses, nem mesmo para viabilizar vacinas ao Ceará! Concretamente não “mexeu uma palha”, como dizemos na nossa terra. Agora, aparece como bajulador do Governo Bolsonaro, tentando obstruir de todo jeito a investigação sobre as ações e omissões do governo federal, protegendo os absurdos erros cometidos, o que tem custado a vida de mais de 400 mil brasileiros. O senador Girão continua sem falar aos doentes, aos familiares que perderam entes queridos ou a apoiar as sérias ações de saúde da Prefeitura de Fortaleza e do Governo do Estado. Se apequenou na políticagem do conchavo e do interesse mesquinho. Quanto às nossas ações à frente da Prefeitura de Fortaleza, tenho grande orgulho do esforço coletivo conduzido pelas equipes locais de saúde. Estou e estarei sempre à disposição para prestar contas e relatar tudo que foi feito e como foi realizado, quem ajudou no duro e sofrido trabalho conduzido ao longo do último ano mas, também, para dizer quem se omitiu e quem comprometeu a difícil tarefa de proteger e salvar vidas! Quem não deve, não teme! Não parece ser esse o lema praticado pelo Senador Girão e sua turma."

As investigações

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, que está em andamento, vai investigar a atuação do governo federal no enfrentamento da pandemia do coronavírus e também eventuais irregularidades em estados e municípios. Entre as apurações estão irregularidades em contratos, fraudes em licitações, superfaturamentos, desvios de recursos públicos, assinatura de contratos com empresas de fachadas para a prestação de serviços fictícios, entre outros crimes que possam ter sido cometidos durante o período.

Entre as investigações está o hospital de campanha montado no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza. O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) apontou 15 irregularidades no contrato de mais de R$ 96 milhões (R$96.948.156,80) entre a Prefeitura de Fortaleza, gestão de Roberto Cláudio, e a Associação Paulista para Desenvolvimento da Medicina (SPDM) para a gestão da unidade hospitalar. O hospital de campanha funcionou por 4 meses e atendeu apenas 1.239 infectados.

Com as investigações, até o momento, foram cumpridos 10 mandados de busca em apreensão, sendo seis em Fortaleza e quatro em São Paulo e, além disso, foram conseguidas as quebras de 37 sigilos bancários além do afastamento de quatro servidores da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Fortaleza.

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