Promotores acusam Capitão Wagner de politizar a “mais grave” chacina do Ceará
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Promotores acusam Capitão Wagner de politizar a “mais grave” chacina do Ceará

23/03/2017 16:15

Os promotores de Justiça da força-tarefa que investiga a Chacina do Curió divulgaram, nesta quinta-feira (23), um nota de repúdio contra as declarações do deputado estadual Capitão Wagner (PR). O deputado usou a tribuna da Assembleia Legislativa, na quarta-feira (22), para acusar os investigadores de forjarem provas contra os policiais sob prisão cautelar envolvidos no massacre.   Os investigadores rebateram alegando que o deputado "desconhece" as provas apresentadas no processo, além de considerar a declaração do deputado "incompatível com a seriedade que deve pautar os debates no parlamento estadual". Asseguramos que a investigação foi desenvolvida pela Delegacia de Assuntos Internos da CGD com acompanhamento desta força-tarefa, com plena imparcialidade, isenção e rigor técnico, ao tempo em que lamentamos que se busque politizar a mais grave chacina da história do Ceará". Defendendo os seus Após a decisão unânime do TJCE, divulgada na terça-feira (21), negando habeas corpus a policiais envolvidos na Chacina do Curió, o deputado Capitão Wagner voltou a usar a tribuna da Assembleia para defender o fim da prisão cautelar dos colegas. “O inquérito é cheio de falhas, em que foram forjadas provas, como as localizações geográficas, no intuito e na sede de tentar responsabilizar os envolvidos no caso, o que culminou na prisão indevida e arbitrária desses 44 policiais". NOTA DE ESCLARECIMENTO Os promotores de justiça integrantes da força-tarefa que acompanhou a investigação da denominada “Chacina do Curió”, vêm à público repudiar as declarações do Deputado Estadual Capitão Wagner prestadas ontem na tribuna da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará. Segundo o deputado, “a delegada apontou fatos que não existiam nos autos. Ela forjou localização geográfica nos mapas apresentados no processo”. No entender destes signatários, trata-se de declaração temerária, que demonstra desconhecimento da prova acostada aos autos e incompatível com a seriedade que deve pautar os debates no parlamento estadual. Asseguramos que a investigação foi desenvolvida pela Delegacia de Assuntos Internos da CGD com acompanhamento desta força-tarefa, com plena imparcialidade, isenção e rigor técnico, ao tempo em que lamentamos que se busque politizar a mais grave chacina da história do Ceará. Por fim, informamos que a denúncia apresentada pelo Ministério Público foi recebida por um colegiado de juízes e que, até o momento, todos os recursos apresentados pelos acusados foram indeferidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Ceará e pelo Superior Tribunal de Justiça.

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