O programa Ceará Sem Fome conquistou o primeiro lugar na categoria "Boas Práticas de Combate à Fome e Promoção da Segurança Alimentar e Nutricional" na 1ª edição do Prêmio Brasil Sem Fome. A premiação, realizada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), em parceria com o Banco Mundial e o Ministério da Saúde, ocorreu nesta quarta-feira (17), em Brasília.

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O reconhecimento posiciona o Ceará como referência nacional na implementação de políticas públicas integradas voltadas ao enfrentamento da fome. O governador Elmano de Freitas e a primeira-dama e presidente do Comitê Intersetorial de Governança do Ceará Sem Fome, Lia de Freitas, participaram da cerimônia de entrega do prêmio.

Durante o evento, o governador destacou que a conquista reforça a prioridade do Governo do Estado no combate à insegurança alimentar e na ampliação de oportunidades para a população em situação de vulnerabilidade. Segundo ele, o reconhecimento evidencia um trabalho construído de forma coletiva, envolvendo equipes técnicas, municípios, entidades da sociedade civil, parceiros e as famílias atendidas pelo programa.

Lia de Freitas ressaltou que o resultado é fruto de uma atuação integrada e do engajamento da sociedade civil. De acordo com ela, o Ceará foi o estado que mais ampliou o número de domicílios com segurança alimentar nos últimos anos, refletindo o alcance das ações desenvolvidas pelo Ceará Sem Fome.

Os indicadores sociais sustentam o desempenho que levou o programa ao primeiro lugar. Em dois anos, o percentual de domicílios cearenses em situação de segurança alimentar passou de 18% para 68%. Dados do IBGE apontam que, apenas em 2024, mais de 150 mil pessoas deixaram a condição de insegurança alimentar grave no estado. No mesmo período, o Ceará registrou os menores índices de sua série histórica em extrema pobreza (7,9%) e pobreza (43,3%).

Na disputa da categoria, o Ceará Sem Fome superou iniciativas de cinco estados e do Distrito Federal. O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, presente na cerimônia, destacou que a integração entre governos e sociedade civil tem sido fundamental para a redução da desigualdade e para os avanços no enfrentamento da fome no país.

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Atualmente, o Ceará Sem Fome conta com mais de 1.300 cozinhas ativas nos 184 municípios cearenses, responsáveis pela distribuição de mais de 62 milhões de refeições e pelo atendimento diário de cerca de 130 mil pessoas. O programa também inclui o Cartão Ceará Sem Fome, que beneficia mais de 47 mil famílias, além do eixo de Qualificação e Renda, que já capacitou mais de 25 mil pessoas para o mercado de trabalho. O investimento estadual nas cozinhas solidárias ultrapassa R$ 471 milhões, com foco na oferta de alimentação adequada à população em situação de vulnerabilidade.