Professor da UFRJ comandava tráfico de fósseis na Chapada do Araripe

Foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, dois deles no Rio de Janeiro

22/10/20 14:47

A Polícia Federal informou nesta quinta-feira (22) que um professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) é suspeito de comandar um esquema de tráfico de fósseis na Chapada do Araripe, no Sul do Ceará.

Sem revelar a identidade do funcionário público, a PF afirmou em entrevista coletiva que ele mantinha contato mensalmente com empresários das pedreitas e os chamados “peixeiros” nos municípios de Santana do Cariri e Nova Olinda.

No início da manhã de hoje a PF deflagrou a operação o “Santana Raptor”. Foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, dois deles no gabinete do professor e na sua residência no Rio de Janeiro.

Um dos responsáveis pelas investigações, o delegado Alan Robson diz que as peças são comercializadas em dólar ou euro à medida que saem do País. “Para além das perdas em dinheiro, é inestimável o valor histórico desse material”, disse.

Os investigados responderão por crimes de organização criminosa, usurpação de bem da União e crimes ambientais, com penas de até 16 anos de prisão. “A apreensão realizada nos endereços objetiva elucidar a atuação dos investigados e de terceiros nos crimes, além de apreender os fósseis, com prisão em flagrante dos respectivos possuidores”, argumentou a PF.

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