Presidente do TRE-CE cobra providências da PCCE e da PF sobre ameaça a desembargadores - Cn7 - Sem medo da notícia

Presidente do TRE-CE cobra providências da PCCE e da PF sobre ameaça a desembargadores

O caso é tratado como grave incidente de segurança institucional

Presidente do TRE-CE cobra providências da PCCE e da PF sobre ameaça a desembargadores

(Foto: divulgação/TRE-CE)

23/04/2025 15:01

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE), desembargador Raimundo Nonato Silva Santos, cobrou providências imediatas da Polícia Civil do Estado (PCCE) e da Polícia Federal (PF) diante do episódio envolvendo o ex-secretário de Segurança de Santa Quitéria, Davi Gomes Ávila Mendes, suspeito de ameaçar a vida dos desembargadores da Corte. O caso é tratado como grave incidente de segurança institucional.

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Segundo o TRE-CE, no dia 8 de abril de 2025, Davi Gomes, guarda municipal de Sobral, que foi cedido à Prefeitura de Santa Quitéria, compareceu armado às dependências do Tribunal em Fortaleza, portando uma pistola Taurus G2C, calibre 9mm, com carregador e 13 munições. O armamento foi identificado durante inspeção na entrada do prédio, e posteriormente apreendido.

Ainda de acordo com a Corte Eleitoral, Davi Gomes não possuía autorização legal para porte de arma de fogo, informação confirmada pela Polícia Federal. Ainda assim, não houve prisão em flagrante por parte da Polícia Civil, fato que gerou questionamentos por parte do Tribunal e levou à formalização de ofícios para início das investigações.

O contexto da visita de Davi Gomes ao TRE-CE coincidiu com o julgamento do prefeito afastado de Santa Quitéria, Braguinha, investigado por suposta relação com organização criminosa. A presença armada do ex-secretário de Segurança do município nas imediações da sala do Pleno, segundo o TRE, levanta preocupações sobre possível tentativa de intimidação ou ameaça aos magistrados.

Diante da situação, o presidente do TRE-CE determinou o envio de ofícios à Superintendência da Polícia Federal no Ceará, à Delegacia do 4º Distrito Policial de Fortaleza, à Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD) e à Secretaria da Segurança Pública do Estado. O objetivo é assegurar a apuração do porte ilegal de arma de fogo e das circunstâncias que permitiram a liberação do servidor sem prisão em flagrante.

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A Polícia Federal deverá instaurar inquérito para investigar os fatos, conforme solicitado pelo Tribunal, uma vez que o caso envolve infração penal contra órgão da União, cuja competência é federal. Já à Polícia Civil caberá remeter as informações e o material apreendido à PF, além de esclarecer os procedimentos adotados no dia do ocorrido.

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