Presidente do TJCE, Abelardo Benevides, faz homenagem póstuma a Clóvis Beviláqua
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Presidente do TJCE, Abelardo Benevides, faz homenagem póstuma a Clóvis Beviláqua

A esposa de Clóvis Beviláqua, Amélia de Freitas Beviláqua, também foi homenageada

(Foto: Alex Costa/Ascom TJCE)

25/07/2024 19:57

O presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), desembargador Abelardo Benevides Moraes, promoveu, na manhã desta quinta-feira (25), uma homenagem póstuma em honra ao legado de Clóvis Beviláqua. A cerimônia, que recebeu a urna com as cinzas dele e da esposa, a advogada piauiense Amélia de Freitas Beviláqua, ocorreu na entrada principal do Fórum de Fortaleza, que leva o nome do jurista cearense.

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"Nunca é demais mencionarmos o valor deste nosso conterrâneo, jurista, cidadão e membro de grande importância das letras nacionais. Então acho que é sempre justo, é sempre bom falar disso, dar este destaque merecido ao Clóvis", destacou o presidente do TJCE.

O translado das cinzas do casal Beviláqua, que inicialmente estava enterrado no Cemitério São Francisco Xavier (Caju), no Rio de Janeiro, para a terra natal do jurista, Viçosa do Ceará, passou por um longo processo desde 1959. Neste ano, uma comissão, presidida pelo advogado e professor José Luís Araújo Lira, conseguiu concretizar este feito.

"Essa homenagem é pelos 80 anos de morte do Clóvis Beviláqua, mas é também uma homenagem à Amélia, porque ela foi uma grande intelectual. E quando a gente vê a obra da Amélia e o que o Clóvis fez, depois que a Amélia não foi eleita para a Academia Brasileira de Letras, a gente tem a dimensão do amor que ambos tinham", destacou José Luís.

Em sua saudação, o professor convidou o presidente da Caixa de Assistência dos Advogados do Ceará (CAACE), Waldir Xavier Lima Filho, para condecorar o chefe do Judiciário cearense e a diretora do Fórum Clóvis Beviláqua (FCB), juíza Solange Menezes Holanda, com uma medalha comemorativa pelos 80 anos do falecimento do jurista, na qual há uma foto do casal.

Encerrando a solenidade, o presidente do TJCE concedeu a Medalha do Mérito Judiciário Clóvis Beviláqua ao professor José Luís Lira.

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Após a cerimônia, as cinzas seguiram para a Academia Cearense de Letras, para a sede da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Ceará (OAB-CE) e para o Instituto do Ceará. Da capital cearense, a urna será transportada para Viçosa do Ceará. Nesta sexta-feira (26), às 16h, as cinzas serão sepultadas abaixo do monumento à Beviláqua, erguido na praça que carrega seu nome, no centro da cidade.

Confira fotos:

Sobre os homenageados

Clóvis Beviláqua foi um dos mais importantes juristas brasileiros, nascido em Viçosa do Ceará, no ano de 1859, e falecido em 1944, no Rio de Janeiro. Sua carreira acadêmica e contribuições para o Direito marcaram profundamente o Brasil.

Formado pela Faculdade de Direito do Recife, em 1882, Beviláqua destacou-se por suas obras teóricas e por sua atuação como advogado, professor e magistrado. Ele foi um dos fundadores do Código Civil Brasileiro de 1916, influenciando significativamente a legislação do país.

Além de sua carreira jurídica, Clóvis Beviláqua teve a vida pessoal marcada pelo casamento com Amélia, no ano de 1883. Parceira dedicada e companheira intelectual, ela o apoiou em sua jornada acadêmica e profissional.

Nascida no dia 7 de agosto de 1860, na fazenda Formosa, em Jerumenha, no Piauí, Amélia Carolina de Freitas Beviláqua conheceu Clóvis em Pernambuco, onde concluiu os estudos. Advogada, escritora e jornalista, Amélia foi pioneira na luta pelos direitos das mulheres no Brasil. Ela faleceu no dia 17 de novembro de 1946, aos 86 anos.

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