A delegação brasileira composta por prefeitos, vice-prefeitos e outras autoridades públicas que esteve em missão oficial em Israel durante a última semana divulgou, nesta terça-feira (17), uma nota criticando o Ministério das Relações Exteriores. O grupo se manifestou em "profundo desacordo e surpresa" com o comunicado do Itamaraty, divulgado em meio à escalada de tensão entre Israel e Irã, que afirmou não ter sido informado da viagem e reiterou alerta consular contra deslocamentos ao país.

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No documento, assinado em Tabouk, na Arábia Saudita, os integrantes da missão alegam que a representação diplomática brasileira em Tel Aviv foi previamente informada sobre a viagem, especialmente no que diz respeito à segunda comitiva, formada por prefeitos e um governador. A confirmação teria ocorrido durante uma reunião online, no último sábado (14), com a própria embaixada brasileira em Israel.

A delegação questiona ainda a ausência de qualquer advertência formal por parte da diplomacia brasileira, mesmo após a comunicação prévia. "Se a representação diplomática foi previamente avisada, como reconheceram seus próprios representantes, questionamos a ausência de qualquer advertência formal ou impedimento à realização da missão", afirmam.

Outro ponto de crítica recai sobre o tom da nota do Itamaraty, que, segundo os signatários, se assemelha mais a uma "reprimenda" do que a uma manifestação de apoio. Para o grupo, a missão foi conduzida com "propósito institucional e de boa-fé", conforme as normas republicanas.

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Apesar das críticas, a delegação reconheceu o trabalho das equipes diplomáticas brasileiras e de governos locais na Jordânia, Arábia Saudita e em Tel Aviv, responsáveis pela operação de retirada dos integrantes da zona de conflito.

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