Prefeito de Acopiara é afastado do cargo por suspeita de fraudes na gestão do município - Cn7 - Sem medo da notícia
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Prefeito de Acopiara é afastado do cargo por suspeita de fraudes na gestão do município

Antônio Almeida ficar fora da cadeira por 180 dias

Antônio Almeida

19/10/2022 9:50

O Ministério Público do Estado do Ceará, por intermédio da Procuradoria de Justiça dos Crimes contra a Administração Pública (PROCAP), deflagrou nesta quarta-feira (19) a operação “Carona”, com o objetivo de investigar possíveis crimes de corrupção, fraude em licitações, falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro envolvendo servidores públicos e representantes de uma empresa que presta serviço à prefeitura de Acopiara.

Com o apoio da Polícia Civil, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e de afastamento da função pública de 180 dias dirigidos ao prefeito, à secretária de Gabinete, ao secretário de Obras e Infraestrutura e a mais dois servidores que atuavam como motoristas do chefe do executivo municipal, e contra empresários. A Justiça também autorizou a quebra dos sigilos bancários e fiscal dos envolvidos para aprofundar as investigações.

Os mandados foram cumpridos em Acopiara, Iguatu e Fortaleza. Foram apreendidos documentos, telefones celulares, computadores, além de uma quantia em dinheiro vivo, de aproximadamente R$ 12 mil, encontrados na casa de um dos alvos, e munição.

A pedido do MP, o Poder Judiciário também determinou que a Prefeitura suspendesse o contrato com a empresa investigada. Há diversas obras com indícios de ilegalidades. O contrato com a referida empresa teria sido feito a partir da adesão a uma licitação já em vigor celebrada entre a construtora e a Prefeitura de Mombaça. Esse procedimento também é conhecido por licitação “carona”, daí o nome da operação. O MPCE informa que a Prefeitura de Mombaça não é alvo da investigação.

A relação contratual entre a Prefeitura de Acopiara e a construtora começou em 2019 e segue até hoje. Já foram transferidos mais de R$ 3.500.000,00 dos cofres públicos para a referida empresa.

Por determinação da Justiça, o prefeito Antônio Almeida foi afastado do cargo por 180 dias para investigação de indícios de corrupção. Também foram afastados de suas funções: Verbeane de Almeida, Almir Rodrigues e Francisco Rodrigues e Erick Alves.

Em tempo

A decisão foi da desembargadora Sílvia Soares de Sá Nóbrega: "Porquanto, aplico a medida cautelar de afastamento dos cargos públicos, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, diante dos indícios de prática de crimes contra a administração pública, dos investigados Antônio Almeida Neto, Antônia Verbeane de Almeida, Almir Rodrigues do Nascimento, Francisco Rodrigues do Nascimento e Erick Alves Pianko".

Em tempo II

Almeida não estava em casa no momento em que MPCE e Polícia Civil chegaram. Mesmo assim, sua residência foi aberta com um chaveiro. Um dos principais alvos dessa investigação é o motorista do prefeito Antônio Almeida e a servidora do Município, Verbeane de Almeida.

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