Polícia vai investigar quem organizou baile funk onde garoto foi morto pela PM
PORTALCN71-740x90_TAUApx1-
SS-155_24) - BANNERS PORTAIS CORRIDA-JORNAL DO CARIRI-970x120px
970 X 120 PX copy
Hidrogenio verde e o combustivel do futuro

Polícia vai investigar quem organizou baile funk onde garoto foi morto pela PM

A PM diz que foi chamada para conter o som alto no local e a patrulha foi apedrejada

A festa "Brega Funk no Mirante" terminou com a morte do garoto Juan

16/09/2019 12:22

A morte do adolescente Juan Ferreira dos Santos, 14 anos, atingido com um tiro na cabeça disparado por um policial militar, na noite da  última sexta-feira (13), começa a ser investigada pelas autoridades da Segurança Pública do Estado do Ceará.  O caso ocorreu quando PMs foram chamados para uma ocorrência de som alto no Mirante do Morro de Santa Terezinha, no bairro Vicente Pinzón (Zona Leste da Capital). A Polícia quer identificar os responsáveis pelo evento e saber se eles tinham autorização para realizarem a festa em praça pública.

Na semana passada, caiu nas redes sociais o “convite” para o evento que foi batizado de “Brega Funk no Mirante”. No convite, os organizadores incentivam os moradores a levarem para o local suas caixas de som. E foi exatamente este o motivo que levou a Polícia Militar ao local do fato: o som alto que incomodou os moradores do bairro.

 Na versão da PM, quando a patrulha se aproximou do local, passou a ser apedrejada, resultando em um tiro desferido por um dos militares e que acabou atingindo mortalmente o adolescente.

Manifestação no Mirante

No dia seguinte à morte do garoto, novamente os moradores voltaram a ocupar o Mirante para, desta vez, protestar contra a ação da PM.  Aos gritos de “Assassinos! Covardes!”, os manifestantes foram acompanhados, de longe, por equipes do Comando de Policiamento de Choque (CPChoque). Com a tropa especializada no local, não houve incidentes.  O protesto foi rápido e logo aconteceu a dispersão.

Um inquérito policial foi instaurado no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), mas que poderá ser transferido para a Controladoria Geral dos Órgãos da Segurança Pública e do Sistema Penitenciário (CGD). Paralelamente a isto, o próprio Comando-Geral vai determinar uma sindicância disciplinar que poderá gerar um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).

Na investigação, além dos policiais responsáveis pelo desfecho trágico com a morte do adolescente, poderão também ser indiciados os responsáveis pela organização do evento, caso estes não tenham recebido autorização oficial para realizá-lo.

Os três policiais do 22º BPM que atenderam à ocorrência foram detidos disciplinarmente e estão recolhidos no Presídio Militar, na Capital.

LINKS PATROCINADOS