A Polícia Federal (PF) está investigando o desvio de R$ 91,6 milhões em recursos federais, destinados a municípios do Ceará, para empresas fantasmas supostamente criadas pelo prefeito cassado de Choró, Bebeto Queiroz, que está foragido há mais de seis meses. As informações são da Folha de S.Paulo e do Estadão.

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Segundo a PF, o esquema teria movimentado R$ 455 milhões entre 2023 e 2025, com 20% da quantia oriunda de verbas federais. Empresas de fachada, registradas apenas no papel, teriam sido contratadas por gestões municipais para serviços superfaturados. Uma delas, a MK Serviços em Construção e Transporte Escolar, tem como sócio Maurício Gomes Coelho, um vigia que recebia R$ 2,4 mil mensais, mas abriu firma com capital social de R$ 8,5 milhões e firmou contratos que somam quase R$ 320 milhões.

As investigações apontam que Bebeto teria conquistado a prefeitura de Choró, com apoio de facções criminosas, usando compra de votos e intimidações.

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De acordo com a publicação, mensagens extraídas de celulares de ex-assessores indicam supostas tratativas para repasses a agentes públicos, uso de laranjas e entidades de fachada. A PF descreveu ao Supremo um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro, com movimentações pulverizadas em contas de familiares, assessores e até beneficiários de programas sociais para dificultar o rastreamento.