PF investiga denúncia da compra de respiradores com superfaturamento na Capital

Um alvos da operação da PF é a sede da Secretaria de Saúde de Fortaleza

Policiais federais e agentes da AGU estão na sede da Secretaria de Saúde desde as primeiras horas da manhã de hoje cumprindo mandados de busca e apreensão

25/05/20 8:00

A Polícia Federal desencadeou, no começo da manhã desta segunda-feira (25), uma operação com o objetivo  de investigar desvio de recursos destinados à compra de respiradores em Fortaleza. A “Operação Dispneia” é realizada para o cumprimento de, pelo menos, oito mandados de busca e apreensão e acontece simultaneamente em Fortaleza e São Paulo.  Os agentes cumprem os mandados domicílios, empresas e órgãos públicos nas duas cidades.

De acordo com as primeiras informações das autoridades, uma investigação inicial  descobriu indícios de que, além da ausência de capacidade técnica e financeira da empresa contratada na compra dos aparelhos hospitalares, houve superfaturamento dos valores pagos pelos equipamentos, que atingiram o montante de R$ 34,7 milhões em dois procedimentos de dispensa de licitação.

 Comparando-se com outras aquisições de equipamentos com a mesma especificação durante o período de pandemia, chegou-se a indícios de um potencial prejuízo financeiro de até R$ 25,4 milhões aos cofres públicos.

Duvidosa

Os mandados de busca e apreensão que estão sendo cumpridos nesta manhã  foram expedidos pela Justiça Federal do Ceará após representação decorrente de Inquérito Policial que apura “malversação e desvio de recursos públicos federais, bem como crimes previstos na lei de licitações, na aquisição de equipamentos respiradores em dois procedimentos de dispensa de licitação realizados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Fortaleza, tendo como contratada uma empresa paulista de duvidosa capacidade técnica e financeira para entrega dos equipamentos”, segundo a PF.

A operação policial acontece em parceria com o Ministério Público Federal e a Controladoria-Geral da União. A PF destaca que o trabalho  se desenvolve sem prejuízos à continuidade do serviço público de saúde. Os equipamentos utilizados para o atendimento à população na rede hospitalar não estão sendo apreendidos .

Assista

Veja imagens da operação

Agentes recolhem provas das irregularidades

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