Pesquisadores do Ceará e Pernambuco desenvolvem novo teste rápido do zika vírus
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Pesquisadores do Ceará e Pernambuco desenvolvem novo teste rápido do zika vírus

Pesquisadoras do LP1 purificam proteínas para desenvolvimento de kit de diagnóstico rápido de zika (Foto: Jr. Panela/UFC

06/09/2017 11:32

Pesquisadores do Laboratório de Separação e Reação (LP1), do Departamento de Engenharia Química da Universidade Federal do Ceará, estão desenvolvendo um kit rápido para diagnosticar o zika vírus em parceria com grupos da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Os cientistas esperam encontrar uma solução que reduza o tempo médio do diagnóstico, que hoje é de 4 a 7 dias, para poucas horas após o teste. No Brasil, boa parte dos exames de laboratório utilizam a técnica de PCR, que identifica a presença do DNA ou RNA do agente causador da doença. A técnica, no entanto, só permite fazer a detecção enquanto o vírus estiver circulando no organismo, além de ser relativamente cara. Ao longo do último ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou cinco tipos de testes rápidos, feitos por sorologia (sangue). Esses testes, no entanto, ainda apresentam problemas de falsos positivos devido ao diagnóstico cruzado com vírus como o da dengue e de outras arboviroses, motivo pelo qual ainda são pouco utilizados. Entenda Segundo o Prof. Ivanildo José da Silva Júnior, coordenador do trabalho na UFC, a ideia dos grupos das três universidades é disponibilizar o novo kit na rede pública. A pesquisa é resultado de uma chamada pública que trabalha com temas das áreas de saúde, biologia e engenharia de bioprocessos, realizada no fim do ano passado, com financiamento do CNPq e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. O desenvolvimento do kit deve levar ainda mais um ano para ser concluído. Para elaborar o kit, os pesquisadores utilizam a NS1, uma proteína produzida pelo vírus na fase aguda da doença. Para essa pesquisa, a proteína está sendo desenvolvida pela Uece em laboratório a partir de células vegetais. Ela deve funcionar como antígeno, uma célula estranha ao corpo humano que gera uma reação específica (anticorpo). Uma das vantagens de utilizar essa proteína é que ela se conecta de forma bastante particular com cada um dos arbovírus, o que evita os falsos positivos e permite maior precisão no diagnóstico. Com informações da Agência UFC

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