PCC controla mais de R$ 30 bilhões em fundos de investimento, aponta Receita Federal - CN7

PCC controla mais de R$ 30 bilhões em fundos de investimento, aponta Receita Federal

Postos de combustíveis ligados ao PCC movimentaram R$ 52 bilhões

PCC controla mais de R$ 30 bilhões em fundos de investimento, aponta Receita Federal

(Foto: divulgação/Receita Federal)

28/08/2025 12:04

A Receita Federal revelou, nesta quinta-feira (28), que a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) mantém o controle de pelo menos 40 fundos de investimentos, avaliados em mais de R$ 30 bilhões. Os dados integram a "Operação Carbono Oculto", considerada a maior ofensiva institucional já realizada no país contra o crime organizado.

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Segundo o órgão, os fundos funcionavam como estruturas de blindagem patrimonial, com diversas camadas de ocultação, incluindo fundos com um único cotista — geralmente outro fundo — o que dificultava a identificação dos verdadeiros beneficiários. Entre os bens adquiridos estão terminal portuário, usinas de álcool, 1.600 caminhões e imóveis avaliados em milhões de reais.

As investigações apontam que o esquema movimentou valores por meio de fintechs usadas como bancos paralelos, o que dificultava o rastreamento. Uma única instituição financeira digital vinculada ao grupo movimentou R$ 46 bilhões entre 2020 e 2024. No mesmo período, cerca de mil postos de combustíveis ligados ao PCC movimentaram R$ 52 bilhões, com recolhimento de tributos considerado incompatível.

A Receita Federal afirma que o grupo utilizava toda a cadeia de combustíveis — da importação à venda no varejo — para sonegar impostos, adulterar produtos e lavar dinheiro. Importadoras e distribuidoras ligadas ao esquema teriam movimentado mais de R$ 10 bilhões em combustíveis apenas nos últimos quatro anos.

A operação cumpre mandados de busca e apreensão em oito estados, envolvendo cerca de 350 alvos entre pessoas físicas e jurídicas. Bens avaliados em mais de R$ 1 bilhão já foram alvo de bloqueio judicial.

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Segundo a Receita, os fundos de investimento ligados à organização criminosa eram utilizados para reinserir o dinheiro ilícito no sistema financeiro com aparência de legalidade, compondo um dos núcleos centrais do esquema de ocultação patrimonial.

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