Pai e madrasta suspeitos de matar menina no Ceará se entregam à Polícia no RN

O casal se apresentou na delegacia de Parnamirim e negou ter morto a criança

Nemézio e Eduarda estão detidos na 2ª Delegacia de Polícia Civil de Parnamirim

23/07/20 8:34

Deverá ser trazido para o Ceará, nas próximas horas, o casal suspeito de ter assassinado uma criança de 3 anos de idade na cidade de Russas, no Vale do Jaguaribe (a 143Km de Fortaleza). O pai e a madrasta da menina Maria Esther Rodrigues se apresentaram em uma delegacia de Polícia em Natal, no Rio Grande do Norte, no fim da tarde de ontem (22).

De acordo com as autoridades policiais do Rio Grande do Norte, o casal se apresentou espontaneamente na 2ª Delegacia de Polícia Civil da cidade de Parnamirim (a 12Km ao sul  de Natal)  após ter fugido do  Ceará na noite da última segunda-feira (20). O pai da menina, Nemézio Correia Galvão Neto, 28 anos, levou a criança ao hospital da cidade de Russas e disse que a filha havia se engasgado, mas, logo, os médicos constataram vários hematomas no corpo da criança, suspeitando de que ela fora vítima de espancamentos e maus-tratos.

O pai e a madrasta, Eduarda Ferreira Luiz, 27 anos, fugiram então da cidade de Russas e seguiram para o Rio Grande do Norte.  A Polícia Civil do Ceará, por sua vez, iniciou o trabalho de investigação e o corpo da menina foi encaminhado ao Núcleo Regional da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), em Russas, onde foi  realizada a necropsia.

No dia seguinte, terça-feira (21), o corpo da pequena Maria Esther Rodrigues, foi sepultado em Russas em meio a um clima de muita tristeza e revolta entre familiares e moradores da localidade de Poço Redondo, na zona rural, onde aconteceu o fato.

Caiu da moto ou se engasgou?

O pai da menina contou nova versão à Polícia do Rio Grande do Norte acerca do caso. , Diferente do que havia dito no hospital de Russas, quando entregou Esther na Emergência, afirmando que a filha havia se engasgado, na delegacia de Parnamirim contou que a menina havia caído da motocicleta que ele pilotava.

O casal afirmou, ainda, que decidiu fugir de Russas porque, quando voltava do hospital onde deixara a criança, soube que os moradores de Poço Redondo se preparavam para linchá-lo. O pai negou, ainda, ter estuprado a filha e disse a história é “antiga” e que foi seu pai, avô paterno da menina, que praticou o abuso sexual.

Para as autoridades, a fuga do casal e a contradição nas versões apresentadas até agora pelo pai da menina Esther reforçam a suspeita de que a criança pode ser sido morta por agressão.   

 À pedido da Polícia Civil, em Russas, a Justiça decretou a prisão temporária do casal. O laudo do exame de necropsia ainda é aguardado pelas autoridades.

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