Operação do MP prende empresários por fraude em licitações de prefeituras cearenses - CN7

Operação do MP prende empresários por fraude em licitações de prefeituras cearenses

A segunda etapa da "Operação Cascalho" foi realizada na manhã desta sexta-feira pela Procap com o apoio da Polícia Civil. Empresários teriam constituído empresas de fachada, utilizando "laranjas" para fraudar as licitações no interior

Operação do MP prende empresários por fraude em licitações de prefeituras cearenses

Os detidos serão ouvidos na sede do MPE sobre as fraudes com o dinheiro público

23/03/2018 10:47

Três empresários cearenses foram presos, na manhã desta sexta-feira (23), suspeitos de envolvimento em um esquema de fraude em licitações  em prefeituras do Ceará. A “Operação Cascalho 2” foi desencadeada pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), através da Procuradoria de Combate aos Crimes Contra a Administração Pública (Procap), com o apoio da Polícia Civil. Os nomes dos suspeitos detidos não foram, ainda, divulgados pelo MPCE. As diligências policiais para o cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão foram iniciadas no começo da manhã e ainda estão em andamento, muito embora os “alvos” (suspeitos) já tenham sido localizados e detidos pela Polícia Civil.  Ainda nesta manhã de sexta-feira, os promotores e procuradores darão à Imprensa detalhes da investigação que resultou nas prisões. Dinheiro Público desviado Conforme as primeiras informações do MP, a operação desta sexta-feira mirou prefeituras e a família de empresários que teriam utilizado “laranjas” para criar falsas empresas (de fachada) com o objetivo de dar aparente respaldo aos contratos firmados com prefeituras a partir dos certames licitatórios. Em dezembro do ano passado, foi deflagrada a primeira etapa da “Operação Cascalho” e culminou também na prisão de vários empresários e gestores públicos, entre eles, o  prefeito do Município de Paracuru (a 100 km de Fortaleza), José Ribamar Barroso Batista (PSDB) e dois filhos dele. O prefeito foi conduzido coercitivamente e afastado do cargo. Conhecido na região como Ribeiro, ele ainda foi preso em flagrante por porte ilegal de armas. Foram cumpridas prisões preventiva e temporária, busca e apreensão, além do afastamento de outros gestores públicos de Paracuru. O filho do prefeito de Paracuru, Ranieri de Azevedo Batista, e os empresários Alonso de Melo Feitosa e Gabriel Ilário da Silva foram presos preventivamente. A chefe de Gabinete e filha do prefeito de Paracuru, Joana D’Arc Batista Carvalho; a secretária de Governo de Paracuru Érica da Silva Brasil, e o empresário Ricardo Henrique Lemas foram presos temporariamente. Todos foram encaminhados para o Centro de Triagem e Observação Criminológica, no município de Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza. Empresas investigadas Foram conduzidos coercitivamente, à época, o contador José Wellington da Silva, o presidente da Comissão de Licitação do município, Pedro Paulo Quirino, e os secretários Werley Sales Pinheiro (Infraestrutura), Sinval Ribeiro de Almeida (Segurança Patrimonial, Cidadania e Trânsito), Diana Jaqueline Mendes Meireles (Educação), Camylle Alcoforado Pinho Costa (Saúde), Ricardo de Azevedo Alves (Turismo, Cultura e Meio Ambiente), e os empresários José Luís Nunes Tavares e Sandra Elisabeth Arruda. Na época, foram investigadas as empresas Petróleo Nosso (Paracuru), São Jorge Locação e Construção (Fortaleza), Terra Sol Transporte e Locações (Eusébio), Pádua Empreendimentos (Groaíras), e Onzemais Serviços e Locações (Fortaleza).  
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