Odebrecht denuncia esquema de corrupção no Transfor e também na Arena Castelão
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Odebrecht denuncia esquema de corrupção no Transfor e também na Arena Castelão

25/06/2017 8:38

O ex-governador Cid Gomes não tem um dia de descanso depois que seu nome e suas gestões à frente do Estado foram envolvidas nas delações da Odebrechet e da JBS. O G1 fez levantamento lembrando que o Ceará é um dos 11 estados brasileiros, mais o Distrito Federal, enrolado com toda essa sujeira no país. Focando na Odebrechet, o portal trouxe novamente à tona, no caso cearense, que, segundo os ex-executivos da empreiteira, houve acordo de mercado assegurando o vencedor das obras do Transfor, um conjunto de intervenções no trânsito de Fortaleza. Também aconteceram irregularidades, de acordo com as delações, na concorrência para as obras da Arena Castelão, executadas entre 2010 e 2012. Os delatores revelaram pagamentos de propina a políticos e funcionários públicos, formação de cartéis para conseguir obras, fraudes em licitações, como a combinação de preços, e superfaturamento. Os casos agora serão investigados pelo Ministério Público Federal no Ceará. Entena A Arena Castelão e o Transfor custaram, respectivamente, R$ 518 milhões e R$ 112 milhões aos cofres públicos. Durante suas delações premiadas, os executivos da Odebrecht, Ariel Parente Costa e João Pacífico Ferreira, denunciaram um esquema de acerto prévio de preço entre as empresas que participaram dos processos. “Houve um ajuste prévio frustrando o caráter competitivo da licitação. A Construtora Nordeste Odebrecht teria sido contactada pelas empresas Queiroz Galvão e Galvão Engenharia para apresentar uma proposta para dar uma aparência de legalidade à licitação”, acusou o procurador da República no Ceará, Alexandre Meireles. A licitação em questão é relativa à construção do corredor de ônibus da avenida Bezerra de Menezes, cujo consórcio vencedor é composto pela Queiroz Galvão e Galvão Engenharia. Os executivos da Odebrecht afirmaram ainda que o esquema se repetiu na licitação da reforma do Castelão, 2010. Segundo o procurador da República, Luiz Carlos Oliveira Júnior, “houve um conluio entre a Carioca Engenharia e a própria Odebrecht para que a Odebrecht colocasse um valor bem superior para que a Carioca Engenharia viesse a ser a vencedora da licitação. Mas, por alguma razão, nem mesmo a Carioca Engenharia ganhou, já que quem chegou a vencer esse certame licitatório foi a Galvão Engenharia”. Os investigadores suspeitam que outras empresas além da Carioca Engenharia e da Odebrecht estivessem envolvidas no esquema de acerto de preços, incluindo a vencedora, a Galvão Engenharia. No país Além do Ceará, estão enrolados nas delações da Odebrecht: Distrito Federal, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia e São Paulo.

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