Nomeação em Jericoacoara gera polêmica sobre interesses privados na gestão pública - Cn7 - Sem medo da notícia

Nomeação em Jericoacoara gera polêmica sobre interesses privados na gestão pública

MPCE já recebeu representações contra a nomeação e analisa possíveis medidas.

Nomeação em Jericoacoara gera polêmica sobre interesses privados na gestão pública

(Foto: reprodução/Instagram Elmano)

30/05/2025 19:26

A nomeação da empresária Andrea Vale Spazzafumo para a superintendência da Autarquia de Desenvolvimento do Turismo, Mobilidade e Qualidade de Vida de Jericoacoara (ADEJERI) provocou uma onda de críticas e apreensão entre moradores, ambientalistas e integrantes do Ministério Público. A medida, assinada pelo prefeito de Jijoca de Jericoacoara, Leandro Cézar (PP), reacende o debate sobre a condução do desenvolvimento sustentável na famosa vila cearense, um dos destinos turísticos mais procurados do Brasil.

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A ADEJERI é a principal responsável pela articulação de políticas públicas voltadas ao turismo, urbanismo e qualidade de vida em Jericoacoara, além de gerir o Fundo de Desenvolvimento Turístico, abastecido pela taxa obrigatória cobrada de todos os visitantes. No entanto, a chegada de Andrea ao comando da autarquia não passou despercebida e nem sem controvérsias.

Spazzafumo é figura conhecida no setor de hotelaria da região e associada a empreendimentos de alto padrão, como o Hotel Essenza. Sua ligação direta com empresas que foram alvos de investigações por ocupações irregulares em áreas públicas e supostos danos ambientais preocupa setores da sociedade civil. As ações judiciais, conduzidas pelo Ministério Público Federal, resultaram em acordos que exigiram a retirada de construções em áreas de preservação e o pagamento de multas pelos responsáveis.

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Andrea, por sua vez, nega qualquer irregularidade e afirma que sua atuação à frente da autarquia será pautada pelo interesse público e pela legalidade. Em entrevistas, ela se defende das acusações e rejeita a existência de conflito de interesses, destacando que sua função não envolve benefícios fiscais ou favorecimentos a empresas. Ela também pontua que o encerramento dos processos judiciais contra seus empreendimentos ocorreu por meio de acordos legais, sem admissão de culpa. Apesar das justificativas, a polêmica parece longe de ser apaziguada. O Ministério Público do Estado do Ceará já recebeu representações contra a nomeação e analisa possíveis medidas.

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