Além de não apresentar, durante o período em que cumpriu mandato na Câmara dos Deputados - 2007 a 2011 -, nenhum projeto sequer, o presidenciável Ciro Gomes (PDT) ainda faltou a 54,4% das sessões destinadas a votação, praticamente metade do mandato. A falta de presença e relevância do pedetista foi lembrada pelo também presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) durante entrevista ao Roda Viva, na noite de ontem (30). Ciro ainda teve o nome envolvido por duas vezes à chamada farra das passagens, esquema denunciado pelo Congresso em Foco de uso irregular da verba pública para bancar voos de parlamentares, familiares e amigos tanto pelo Brasil como para o exterior. No caso do pedetista, a primeira citação ocorreu em 22 de abril de 2009, quando levou sua mãe aos Estados Unidos através de cota aérea. Farra das passagens Mantendo seu estilo, Ciro respondeu aos questionamentos sobre a viagem com arrogância. "Ministério Público é o caralho! Não tenho medo de ninguém. Da imprensa, de deputados. Pode escrever o caralho aí", gritou contra repórteres ainda no plenário. Em junho de 2007, a Câmara pagou, a pedido de Ciro, passagens de ida e volta entre Brasília e Fortaleza para o chefe de cozinha alemão Bernard Twardy e dois acompanhantes. O chefe afirmou ter ido à capital prestar serviço ao deputado, mas não concedeu mais detalhes. Em tempo Ciro classifica o período na Câmara como o mais infeliz de sua vida pública.