A professora Marlene Rebouças Viana, de 73 anos, de Icapuí, deu golpe de R$ 6 milhões na Marinha do Brasil. De 1994 a 2021, ela recebia pensão militar se passando pelo nome de Vaubaniza Rodrigues Viana, que nunca existiu, ou seja, uma "mulher-fantasma". Ela era considerada filha de um ex-primeiro-tenente da Força que morreu em março de 1981. A informação é do portal Metrópoles desta terça-feira (17).

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"Marlene usou documentação falsa em nome de Vaubaniza Rodrigues Viana, pessoa que sequer existiu, para inclusão na folha de pensão e pagamento com finalidade de simular o direito de recebimento de proventos", explica o Ministério Público Militar, de acordo com a sentença que condenou a professora, em novembro de 2023, a dois anos e oito meses de prisão.

Segundo portal Metrópoles, Marlene recebia o valor da pensão no banco e usava a digital e o cartão com senha para sacar o dinheiro. Ela também realizava a prova de vida, passando-se por Vaubaniza, para manter o benefício.

A professora confessou a fraude e disse ter contado com a ajuda do sogro, do marido e de um militar. Ainda de acordo com o portal, o sogro de Marlene é justamente o primeiro-tenente da Marinha que morreu em 1981. Antes de falecer, ele deixou toda a documentação pronta para a nora ganhar a pensão, de acordo com a professora e os autos do processo.

O primeiro-tenente chegou a informar à Marinha o nascimento da filha fictícia, que tinha até registro no cartório da 2ª Zona do Registro Civil do Rio de Janeiro.

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O processo contra Marlene transitou em julgado no Superior Tribunal Militar em março deste ano. Agora, a Advocacia-Geral da União (AGU) cobra R$ 6 milhões dela.