Um grupo composto por 18 pessoas está sendo investigado pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) por suspeita de integrar uma organização criminosa com atuação em crimes como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e associação criminosa. Os investigados seriam liderados por um empresário do setor da construção civil e do transporte escolar.

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Segundo a 2ª Promotoria de Justiça de Canindé, responsável pelo caso, o grupo mantinha uma estrutura hierárquica bem definida, com divisão de funções em núcleos interdependentes e uma base operacional fixa no município.

A denúncia foi apresentada nesta segunda-feira (16) e descreve a atuação de quatro núcleos distintos: Núcleo executor, responsável pela comercialização de drogas e pela prática de crimes violentos na região; Núcleo familiar, formado por parentes diretos do líder do grupo, era encarregado de movimentar valores em contas bancárias para mascarar a origem ilícita do dinheiro; Núcleo empresarial, composto por sócios de empresas utilizadas para ocultar recursos financeiros; Núcleo financeiro, integrado por pessoas físicas usadas como “laranjas”, com rendimentos incompatíveis com os altos valores movimentados.

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As investigações apontam que o grupo utilizava empresas de fachada, contratos com o poder público e terceiros interpostos para ocultar a origem de valores provenientes do tráfico de entorpecentes. O Ministério Público também identificou que, além de movimentar quantias expressivas, a organização atuava com alto grau de violência, influência política e articulação. Há indícios de envolvimento em tentativa de homicídio e de cooptação de agentes públicos.