O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio do Grupo de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), deflagrou na manhã desta terça-feira (3) a Operação Evolutio, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso ligado a uma facção de origem carioca atuante no tráfico de drogas no bairro Conjunto Ceará, em Fortaleza.

Siga o canal do CN7 no WhatsApp

A ação conta com o apoio do Departamento Técnico Operacional (DTO) da Polícia Civil do Ceará e da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), responsáveis pelo cumprimento de sete mandados de prisão e de busca e apreensão. As ordens judiciais estão sendo executadas em Fortaleza e no município de Caucaia. Três dos alvos da operação já estão recolhidos em unidades prisionais do Estado.

Os mandados foram expedidos pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas do Estado do Ceará e são resultado de uma investigação iniciada em 2024, após a apreensão de dois celulares que estavam sendo utilizados ilegalmente por detentos na Unidade Prisional Elias Alves da Silva - UP Itaitinga 4.

De acordo com a SAP, os aparelhos foram encontrados em uma cela ocupada por custodiados pertencentes à facção criminosa investigada. A análise dos dados extraídos dos dispositivos confirmou a ligação com a organização carioca.

As investigações revelaram que dois detentos compartilhavam um dos celulares para coordenar pontos de venda de drogas no Conjunto Ceará. As ordens partiam de líderes da facção que estariam escondidos na comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro.

Siga o canal do CN7 no Telegram

O esquema criminoso envolvia ainda pessoas responsáveis pela comercialização dos entorpecentes e pela coleta dos valores, além de operadores financeiros, majoritariamente mulheres, encarregadas da contabilidade, divisão, administração e logística da venda das drogas.

“A partir da investigação, apurou-se que dois detentos, integrantes da facção, compartilhavam o mesmo aparelho celular para comandar pontos de venda de drogas no Conjunto Ceará, a partir de ordens de chefes da organização criminosa que se escondiam na Rocinha, no Rio de Janeiro”, disse o promotor de justiça e coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), Adriano Saraiva.

Assista: