O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) deflagrou, na manhã desta terça-feira (25), a Operação Rede Oculta, com o objetivo de desarticular um suposto grupo suspeito de envolvimento em uma rede clandestina de abortos que estaria atuando em Fortaleza. A ação foi coordenada pelo Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc) e contou com o apoio do Departamento Técnico Operacional da Polícia Civil do Ceará (DTO).

Siga o canal do CN7 no WhatsApp

De acordo com o MPCE, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em residências de investigados localizadas na capital. Os mandados foram autorizados pela 3ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza.

Siga o canal do CN7 no Telegram

A investigação teve início após a informação de que um aborto teria sido realizado por um profissional de saúde sem o consentimento da gestante. A apuração indica que o companheiro da vítima teria dopado a mulher para que a gravidez fosse interrompida, configurando possíveis crimes previstos no Código Penal.

Os investigados podem responder por aborto provocado pela gestante com o seu consentimento (art. 124), aborto provocado por terceiro (art. 125) e associação criminosa (art. 288). A coleta de materiais e documentos durante a operação deve auxiliar no esclarecimento completo dos fatos.

Origem do nome da operação

O nome Rede Oculta faz referência à atuação clandestina de profissionais de saúde que, segundo o MPCE, participariam diretamente ou auxiliariam pessoas interessadas em realizar abortos de forma ilegal e sigilosa.