Ministério Público pede a condenação de policiais presos com carro roubado e clonado
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Ministério Público pede a condenação de policiais presos com carro roubado e clonado

A investigação foi realizada pela Controladoria Geral de Disciplina e apontou dois PMs e um inspetor da Polícia Civil como autores de vários crimes. O Ministério Público pede que eles sejam condenados à prisão e à perda dos cargos

18/06/2018 11:29

O Ministério Público Estadual (MPE), através da 13ª Promotoria de Justiça Criminal de Fortaleza, encaminhou à Justiça pedido de condenação judicial e perda do cargo, além de prisão,  para dois policiais militares e um policial civil. Os três servidores são acusados de vários crimes como receptação, uso de documento falso, adulteração de sinal de veículo automotor, formação de quadrilha e outros delitos. A acusação contra os três policiais está contida nas “alegações finais” do Ministério Público no processo em que os PMs Dickson Ferguson Soares de França e Fernando Egilson Memória de Araújo Júnior; além do inspetor da Polícia Civil, Carlos Alberto da Costa Lima, são acusados da prática de vários crimes. Os três foram presos em flagrante por agentes da Controladoria Geral de Disciplina (CGD), no dia 9 de abril de 2015, nas proximidades da Praça do Conjunto Polar, na Barra do Ceará (Zona Oeste de Fortaleza) com um carro roubado. No decorrer das investigações sigilosas feitas pela Delegacia de Assuntos Internos (DAÍ) da CGD, os três policiais foram acusados de trafegar em veículo roubado e clonado. A descoberta dos crimes aconteceu quando os três compareceram na sede da própria CGD, uma semana antes da prisão, usando o veículo roubado, modelo HB-20. Havia ido até aquele órgão se inteirar do andamento de outros processos que respondem junto ao órgão. Presos em flagrante As câmeras externas da CGD acabaram flagrando os três policiais desembarcando e embarcando novamente no mesmo automóvel. Eles passaram, então, a ser seguidos e, uma semana depois, foram presos quando se encontraram no interior de uma padaria, no Conjunto Polar. A confirmação de que o carro usado pelos policiais era roubado e clonado veio quando a do verdadeiro automóvel informou que  vinha recebendo constantes multas de trânsito registradas em locais onde ela não freqüentava, e em dias e horários em que o seu automóvel  estava parado no estacionamento de um shopping em que ela trabalha o dia inteiro.  Desde então, ela passou a presumir que seu carro havia sido “clonado”. O processo em torno da conduta dos PMs e do policial civil  já está na sua fase final e a promotora de Justiça, Luciana Costa Girão, encaminhou à Justiça o pedido de condenação dos réus e a consequente perda do cargo. Também requereu que, em caso de condenação à prisão, os três permaneçam presos mesmo se impetrarem recurso judicial contra a decisão.

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