Sete trabalhadores de uma produção clandestina de carnaúba foram resgatos de uma situação análoga à escravidão, em Pacujá, no interior do estado. De acordo com o Ministério do Trabalho, as vítimas são naturais de Uruoca, também no Ceará, e trabalhavam na extração da palha e do pó da carnaúba sem carteira de trabalho assinada.

Os homens também trabalhavam sem equipamentos de proteção, e não realizavam exames médicos ou mesmo tinham acesso a banheiros ou água potável. E dormiam em alojamentos em condições sub-humanas.

Os auditores do Ministério do Trabalho ainda constataram que o local usado para descanso dos trabalhadores eram o mesmo onde se depositava o pó da carnaúba. Algumas das vítimas dormiam ainda ao lado de sacas do pó.

Os homens utilizavam áreas de mata e riachos da região para as necessidades fisiológicas. A fiscalização do Ministério do Trabalho determinou o pagamento integral das verbas recisórias, no valor de R$ 20.672,40 dos setes trabalhadores resgatadose o pagamento de parcelas do seguro desemprego.

Também foram registrados 12 autos de infração pelas irregularidades constatadas durante a operação.