Mais de 305 mil carteiras de trabalho emitidas no Ceará ainda não foram retiradas

02/05/17 10:52

Levantamento do Ministério do Trabalho aponta 305.822 Carteiras de Trabalho e Previdência Social (CTPS) estão à espera de seus solicitantes na superintendência regional em Fortaleza. Em todo o Brasil, já são mais de 5 milhões de documentos.

O número exato, neste momento, é de 5.100.844. O recordista de carteiras não retiradas é o Rio Grande do Sul, com 776.824, seguido pelo Paraná, com 660.894, e Minas Gerais, com 625.208. Na sequência aparecem Rio de Janeiro, com 381.190, Goiás, com 327.138, Ceará, com 305.822, e Maranhão, com 259.697.

“A carteira não é apenas o registro da história de trabalho do cidadão”, afirma o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. “É sua memória de trabalho e de vida”, ele enfatiza, destacando a importância do documento. Instituída em 1932 como Carteira Profissional, o documento passou à atual nomenclatura em 1969. “A carteira de trabalho reúne, em suas anotações, relatos de trajetórias individuais que ajudam a contar a história do país”, diz o ministro.

Engana-se quem pensa que, entre os motivos que explicam tantas carteiras abandonadas, está a preguiça, o descaso ou o esquecimento. É o contrário: a principal razão da não retirada das carteiras na rede de atendimento é, exatamente, a pressa, como explica Francisco Gomes, coordenador de Identificação e Registro Profissional do Ministério do Trabalho desde 1995.

As carteiras não retiradas ficam sob a guarda do Ministério do Trabalho. Apenas aqueles documentos que, por terem sido danificados, perderam a validade, são incinerados.

A informatização do sistema de emissão de carteiras de trabalho avançou a partir de 2007, chegando a quatro estados entre aquele ano e 2008. De 2008 para cá, 26 estados foram sendo gradativamente informatizados. Até meados de 2017, com a completa informatização de São Paulo, o país inteiro estará coberto pelo sistema. E quanto mais informatização, menos carteiras abandonadas. A entrega é na hora e os postos estarão conectados em rede, informando uns aos outros quando já existir um pedido de emissão feito pelo mesmo cidadão. “Além disso, haverá um custo de produção menor”, salienta Francisco Gomes.

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