Luizianne veste a carapuça de trinca do mal e manda assessor atacar aliança PT-PMDB
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Luizianne veste a carapuça de trinca do mal e manda assessor atacar aliança PT-PMDB

Luizianne Lins

05/12/2017 16:01

A deputada federal Luizianne Lins (PT) e seu grupo político tenta desesperadamente minar a aliança entre o governador Camilo Santana (PT) e o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB), para evitar ser escanteada na chapa formada pelas duas lideranças. A parlamentar, que deve se reunir com o senador José Pimentel (PT) no próximo sábado (9), para definir estratégias para pleitear a segunda vaga para o Senado na chapa do governador, já que a primeira está nas mãos do peemedebista, mandou seu assessor Waldemir Catanho produzir um artigo atacando a aliança. Luizianne, na ânsia de evitar ser escanteada nas Eleições 2018, acabou concordando com um de seus desafetos políticos, o prefeito de Sobral, Ivo Gomes (PDT), que chamou a Luizianne, Pimentel e o deputado federal José Guimarães de trinca do mal. Os três estão cotados, dentro do PT, como possíveis candidatos à serem lançados pelo PT ao Senado. Confira o artigo de Waldemir Catanho O PT acertou Nas últimas semanas, a imprensa tem falado com insistência da possibilidade de aliança do PT Ceará com o PMDB e o consequente apoio à reeleição do senador Eunício Oliveira. Em troca haveria o apoio de Eunício à reeleição do nosso governador Camilo Santana (PT). O próprio senador Eunício chegou a dar declarações abrindo essa possibilidade e se dizendo, inclusive, possível eleitor do Lula. Essa discussão colocada apenas nesses termos é espantosa pelo seu grau de despolitização. Transparece uma discussão rasa, que ignora solene e irresponsavelmente os impasses que o golpe parlamentar-jurídico-midiático jogou nosso país à partir da destituição da presidenta Dilma Roussef. Uma tentativa de se fazer acordos políticos de “toma lá, dá cá” que passam ao largo da discussão sobre o futuro da país. Desde o golpe, as elites capitalistas brasileira e internacional têm aprovado medidas que desmancham as conquistas construídas ao longo dos governos Lula e Dilma e desenham um verdadeiro apartheid social, com um país ainda mais injusto e mais desigual. São medidas tomadas em seu exclusivo benefício, que aumentam suas margens de lucro, como são exemplos a reforma trabalhista, a entrega das reservas do pré-sal, a permissão para venda de terras brasileiras para estrangeiros, o ataque aos direitos indígenas e quilombolas. O congelamento de todos os investimentos públicos e gastos sociais pelos próximos 20 anos, vai afetar praticamente todas as esferas de vida de 90% da população, congelando gastos com saúde, segurança pública, educação, cultura, saneamento, moradia popular, infraestrutura, crédito, assistência social, agricultura familiar, ciência e tecnologia, etc. Em contrapartida ficou mantida a liberalidade dos gastos com o pagamento de juros e amortização da dívida pública. Um presente para banqueiros, financistas e operadores do mercado financeiro que ganharam, a ser mantida essa regra, a garantia de seus lucros com o mercado financeiro pelas próximas duas décadas. E Eunício com isso? O senador Eunício, seja como líder da bancada do PMDB, seja como presidente do Senado, teve papel decisivo na aprovação de todas essas medidas. Esse fato por si só gera uma contradição gritante em relação à luta que o PT e o conjunto do movimento social brasileiro estão empreendendo para barrar as iniciativas anti-povo e anti-nação do governo Temer. Contradição que se acentua ainda mais diante da constatação da necessidade de revogação das medidas aprovadas pelo governo golpista como pré-condição básica para a retomada de um projeto de nação includente. Um dos articuladores da aprovação dessas medidas, alguém acredita que agora Eunício nos ajudará a revogá-las? Não deixa de ser irônico que as especulações em torno desse acordo ocorram justamente no momento em que Temer ameaça entregar mais do nosso patrimônio, com a venda da Eletrobras, da Caixa Econômica Federal e dos correios. Momento também em que busca construir maioria na Câmara e no Senado para aprovar a reforma da previdência, outro golpe nos direitos sociais. Eunício também tem se colocado a favor dessas medidas. Foi levando em conta tudo isso que, muito corretamente, o Diretório Estadual do PT deliberou por unanimidade no último final de semana, reivindicar a manutenção da vaga do PT no Senado. Nossa luta é para barrar o golpe, eleger o Presidente Lula e ajudá-lo a governar com uma forte bancada de Deputados Federais e Senadores. Para a disputa do Senado o PT tem nomes nos quais podemos confiar que vão lutar pela revogação das medidas aprovadas pelos golpistas, pela implementação de nosso programa de governo e que, não menos importante, vão defender o governo do PT de qualquer nova tentativa de golpe. Essa posição não é contraditória de maneira alguma com a defesa da reeleição do companheiro Camilo Santana ao Governo do Estado. Ao contrário, a fortalece. O governo Camilo tem obtido avanços expressivos em várias políticas sociais. Os avanços na qualidade da educação pública são reconhecidos nacionalmente, bem como o alargamento das políticas voltadas para a reforma agrária e a agricultura familiar. Esses avanços ocorrem mesmo diante da crise econômica que o país atravessa e estão sendo reconhecidos por parcela importante da população. Para vencer a próxima disputa estadual, o PT Ceará não precisa desse tipo de acordo que só irá frustrar e afastar boa parte de sua militância e de sua base de apoio. Organizar a luta social, barrar as contra-reformas neoliberais, derrotar politicamente nossas elites, eleger Lula Presidente juntamente com senadores e deputados federais alinhados com nosso programa, são nossas tarefas fundamentais. É o futuro do país que está em jogo. Para alguns pouco importa se o povo trabalhador, os jovens, os pequenos proprietários, as mulheres, os negros, os lgbts, terão que viver em meio a barbárie. Mas nós nos importamos e vamos resistir a isso. Waldemir Catanho Jornalista, assessor da deputada federal Luizianne Lins e militante do PT

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