A Justiça do Ceará condenou José Mário Pires Magalhães, conhecido como “ZM”, a nove anos e seis meses de prisão por envolvimento com a facção Comando Vermelho (CV). Apontado como o principal líder do grupo no estado, ZM está atualmente foragido e é considerado um dos criminosos mais procurados pelas forças de segurança da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Na lista da pasta, há uma observação em seu nome: “considerado perigoso”.

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A sentença foi proferida na última semana pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas, que considerou que José Mário exercia papel de comando dentro da estrutura do CV. “José Mário não é mero coadjuvante. Sua presença é central, seu papel é de coordenação, sua figura é reconhecida inclusive por outros integrantes como de liderança”, apontaram os magistrados. Além dele, Jurandir de Oliveira Campos Filho também foi julgado no mesmo processo, mas acabou absolvido, assim como ZM, da acusação de associação ao tráfico de drogas, por falta de provas suficientes.

Durante o processo, a defesa de Jurandir alegou inexistência de elementos que comprovassem participação efetiva no grupo criminoso. Já os advogados de José Mário questionaram a legalidade das provas apresentadas pela acusação.

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O nome de ZM surgiu no curso da investigação que levou à prisão de Francisca Valeska Pereira Monteiro, conhecida como “Majestade”. Ela é apontada como a responsável pela contabilidade do Comando Vermelho no Ceará e figura ligada a lideranças da facção no estado.

A reportagem não conseguiu localizar a defesa de José Mário Pires Magalhães até a finalização da matéria.