Júlio César, coordenador da Bancada do Nordeste, faz defesa do atual comando do BNB

Deputado Júlio César (PSD-PI) e o presidente do BNB Romildo Rolim

10/12/19 22:05

O deputado Júlio César (PSD-PI), coordenador da Bancada do Nordeste, subiu à tribuna do plenário Ulysses Guimarães em sessão do Congresso Nacional nesta terça-feira, 10, para fazer uma defesa enfática de Romildo Rolim à frente do Banco do Nordeste (BNB).

O parlamentar piauiense condenou uma possível troca na gestão do BNB. Segundo ele, isso seria temerário e afrontaria os interesses da região. Para Júlio César, Rolim é o responsável por apresentar os melhores índices do BNB em toda a sua história. Ele destacou que o lucro do BNB entre janeiro e junho de 2.019 ultrapassou a marca dos R$ 700 milhões. “Ele representa a grande esperança do Nordeste continuar crescendo”, frisou.

“E agora querem substituir esse presidente. Para vocês terem uma ideia este banco que não é dos grandes, é dos pequenos, é regional teve um lucro no semestre anterior de R$ 734 milhões. Então este presidente que está lá é da Casa, é nordestino, é preparado. Deu os melhores resultados da história do Banco do Nordeste em todos os tempos. E nós defendemos a sua permanência na direção do banco, assim como outros foram mantidos”, falou.

“Nós temos que levar gente que mostre resultado. E o Romildo, presidente do Banco do Nordeste, eu não sou do Ceará, ele é cearense. Eu sou apenas um defensor das grandes causas do Nordeste. Ele representa a grande esperança do Nordeste continuar crescendo. O investimento do setor bancário no setor produtivo, através da direção do Banco do Nordeste, [tem que ficar] nas mãos do Romildo”, complementou.

Críticas ao BNDES

Júlio César reforçou, ainda, que nem ele e nem os correligionários nordestinos permitirão a privatização do BNB. Nos bastidores, circulam informações que o BNB seria absorvido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ao comentar essa possibilidade, o pessedista acusou o BNDES de dar às costas ao Nordeste.

“Por que eu faço a comparação com o Nordeste? Porque tiraram o Finor [Fundo de Investimentos do Nordeste] e muitos outros incentivos do Nordeste. Eu tenho aqui a série histórica da aplicação dos bancos. Todos os bancos aplicam no Nordeste, em média, de 14% a 15%. O BNDES teve ano que aplicou apenas 5% no Nordeste. Exatamente este ano apenas uma empresa que financiou vários aviões para empresas americanas teve financiamento do BNDES acima de todos os financiamentos do Nordeste”, apontou.

“Eu levei também para o Salim Matar [secretário especial de Desestatização do Ministério da Economia] o relatório das debentures apenas do Finor que em 2.001 [tinha um] estoque de R$ 1,9 bilhão e em 2.018 foi R$ 30 bilhões. E este ano está fechando com R$ 33 bilhões. E nós temos já uma minuta de uma Medida Provisória do IPL [Imobilização do Patrimônio Líquido que indica quanto do patrimônio líquido financia o ativo não circulante (ou ativo permanente) de uma empresa. Esse índice evidencia a maior ou menor dependência de recursos de terceiros para manutenção dos negócios] para negociar os parâmetros que negociaram àquela lei dos agricultores do Nordeste”, observou.

“Mas, acima de tudo, senhor presidente, levei também o relatório do Banco do Nordeste. Este orgulho do nordestino. Este banco que aplicou no ano passado do FNE R$ 32 bilhões e um total de recursos de R$ 43 bilhões. É o banco que mais financia o investimento de médio a longo prazo do setor produtivo nordestino. E é o banco que tem o presidente mais preparado de sua história”, finalizou.

(por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)

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