José Guimarães defende “ajuste geral” da base de Lula no Congresso - CN7

José Guimarães defende “ajuste geral” da base de Lula no Congresso

Fala do líder do governo na Câmara acontece após derrubada do aumento do IOF

José Guimarães defende “ajuste geral” da base de Lula no Congresso

José Guimarães

27/06/2025 10:08

O líder do Governo Lula na Câmara, o deputado federal cearense José Guimarães (PT), defendeu um "ajuste geral" da base aliada no Congresso após a derrubada do decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Em entrevista publicada no jornal O Globo desta sexta-feira (27), o petista que há problema de sintonia nas duas Casas.

Siga o canal do CN7 no WhatsApp

"Tem que recompor. Tem que começar (uma nova fase). Tem que passar a borracha nisso e pensar uma nova fase", disse sobre a relação do Governo com os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre.

Guimarães afirmou que não vai esquecer o que aconteceu, mas que não haverá mágoa. "Não, nem eu passo borracha nisso. Os legados ficam, as narrativas ficam. Mas não a mágoa. Defendo que seja feita recomposição. Eu defendo um ajuste geral da base, inclusive, da relação aqui dentro. Tanto da Câmara como do Senado, porque o problema hoje ocorre nas duas Casas".

Siga o canal do CN7 no Telegram

O deputado cearense acredita que com diálogo, incluindo o líder do Governo no Senado, Jaques Wagner, e da ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, poderá acontecer esse ajuste. "Olha a loucura: hoje (na quarta, quando houve a votação) eles estão nos derrotando com o IOF e, ao mesmo tempo, nós estamos aprovando quatro medidas do governo, o IR de dois salários mínimos, questão do consignado, a MP do óleo e tem outro. São quatro temas que vão ser votados agora. Então não é assim. Não concordo com a tese de que estão rompidas as relações. Houve um problema político, não podemos esconder. É real. É uma derrota. Mas essa derrota não é o fim do mundo, nem o fim dos tempos. Exige uma recalibragem da relação".

2026 em pauta

Quando o assunto é a Eleição do próximo ano, o petista disse que o tema tem contaminado tudo nas votações das duas Casas. "Não se fala de outra coisa aqui dentro a não ser reeleição. Eleição de 2026. Ligaram botão o automático da eleição".

Motta e Alcolumbre juntos

Guimarães, ao ser questionado pelo jornal se os dois presidente das Casas confabularam para a queda do aumento do IOF, respondeu positivamente. "Nessa pauta, sim. Não é novidade para nós que o Hugo Motta, há uns 10, 15 dias disse que quer votar essa matéria. Nós viemos segurando, chegou uma hora que não deu para segurar mais. Eles resolveram levar a voto sem comunicar a nós. Essa é a minha insatisfação e a minha queixa política. Porque, numa relação, é sempre muito bom ter transparência, lealdade e compromisso com a verdade. Na hora que isso não prevalece, complica. Mas não acho que isso é o fim do mundo. Não acho que isso é o fim de uma relação. Acho que agora tem que sentar e discutir daqui para frente. Aconteceu na hora que não era ideal, por conta da importância desse decreto. A atitude dessa votação indica um desserviço ao país. Evidentemente haverá consequência. O governo vai ter que arrochar, vai ter que contingenciar, vai ter que bloquear a todos e a tudo. Isso não significa ameaça de nada. É a realidade da economia".

Publicidade
Publicidade
CAU-BANNER-SITE-SEU-IPTU-SALVA-UMA-VIDA-300X300-V02

LINKS PATROCINADOS