Instabilidade econômica: Dicas e orientações para pequenos poupadores em época de crise

06/05/20 7:27

Foto: Divulgação

Os desafios da vida e os planejamentos financeiros mudam em momentos de crises econômicas. O impacto causado pelo coronavírus em todo o mundo afeta o trabalho e os investimentos, principalmente para dois grupos específicos no país: micros e pequenos empresários; e os profissionais que não possuem carteira assinada (estes correspondem a 41% da população do país). Para lidar com isso, o pequeno poupador precisa priorizar as possibilidades de urgências, mas que ao mesmo tempo sejam competitivas e rendam mais.

“Imprevistos e fracassos financeiros, por mais que sejam parciais, como esse que estamos passando durante essa pandemia, exigem um plano de investimentos resiliente. Isso significa que o pequeno poupador não pode errar na hora de aplicar seu dinheiro, já que ele muitas vezes representa um pequeno capital que sobra do seu orçamento mensal. Muitas vezes é R$ 100, R$ 200 ou menos que isso”, observa Brendo Rodrigues, assessor de investimentos.
Entre as opções de investimentos, o especialista destaca que o primeiro passo é fugir da poupança, existem opções mais lucrativas com a mesma facilidade de retirada na hora de uma emergência.

“Após isso, conforme for acumulando mais reservas financeiras, o indicado é começar a investir aos poucos em renda variável, como fundos imobiliários ou ações”, aconselha. “Um ponto importante para o pequeno poupador, que muito importa nesse momento, é deixar o dinheiro em contas cujos bancos não cobrem taxas, que são, em sua grande maioria, bancos digitais, afinal, cortar custos desnecessários é tão importante quanto conseguir melhores rendimentos”, acrescenta.

O assessor de investimentos apresenta ainda outras três formas de investir o dinheiro, por mais que seja pouco. São meios competitivos que podem surtir efeito a curto ou longo prazo. Ele lembra que “a estratégia mista para sobrevivência financeira deve conter: reserva emergenciais e pequenas aplicações na renda variável, procurando evitar taxas”, pondera. Confira dicas:

  • Conta digital: Pela ausência de agências físicas, o custo para manter uma conta nessa modalidade de banco é bem menor ou até inexiste. Além desse fator, que pesa muito no investimento, poupar em contas digitais tendem a render mais que as físicas.
  • Fundos de Investimentos imobiliários (FIIs): Essa opção destaca-se na renda variável por historicamente representar menor risco se comparado a ações. A modalidade permite investir em cotas de diferentes imóveis (apartamentos, shoppings e galpões), por valores acessíveis com maior previsibilidade dos retornos mensais. Investir em FIIs é aplicar o dinheiro em algo sólido, mas para isso também é preciso atenção. O importante é procurar corretoras com taxa zero e FIIs com histórico de retornos consistentes nos últimos anos.
  • Ações: As ações tornam o investidor sócio de uma empresa. É necessário observar criteriosamente, já que ao adquirir o ativo o investidor assume o risco também dos prejuízos, por isso é importante.

Escolher empresas seguindo 4 princípios:
01 – Histórico de crescimento nos últimos 5 anos ou mais;
02 – Histórico de divisão dos lucros (dividendos) nos últimos 5 anos ou mais. Crescer e pagar dividendos nos últimos 05 anos ou mais representa solidez e capacidade de superar turbulências;
03 – Ações de Diferentes segmentos. Diversificar a carteira é fundamental para diluir os riscos;
04 – Buscar informações sobre o caixa da empresa escolhida. Ter caixa é fundamental para a empresa superar momentos de crise.

No longo prazo, boas ações trazem os maiores lucros, porém o momento exige máxima atenção.

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