Inflação de 2021 fecha em 10,06%, a maior desde 2015

O mês de dezembro foi marcado por desaceleração no indicador

11/01/22 9:16

Dados divulgados nesta terça-feira (11) pelo IBGE apontam que a inflação fechou 2021 em 10,06%, a maior alta em seis anos, quando chegou a 10,67% em 2015, na época do governo Dilma Rousseff.

Apesar do índice na faixa dos dois dígitos, o mês de dezembro foi marcado por desaceleração no indicador, sobretudo dos preços dos combustíveis, que pressionaram o IPCA ao longo do ano.

Na variação mensal, a inflação subiu 0,73% ante 0,95% em novembro.

Combustíveis, energia e alimentos

Os principais vilões da inflação este ano foram energia elétrica, combustíveis e alimentos. O grupo Transportes subiu 21,03% no ano, seguido da Habitação (13,05%) e Alimentação e bebidas (7,94%). Juntos, os três grupos responderam por cerca de 79% do IPCA de 2021.

Os combustíveis dispararam em meio à a alta do dólar e a demanda global por petróleo. Já o preço da energia elétrica pesou no bolso do consumidor por conta da crise hídrica, a pior dos últimos 91 anos e que fez com que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) precisasse acionar as usinas termelétricas.

“Com os sucessivos reajustes nas bombas, a gasolina acumulou alta de 47,49% em 2021. Já o etanol subiu 62,23% e foi influenciado também pela produção de açúcar”, explica o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.

*Com O Globo e Assessoria de comunicação do IBGE.

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