Homem acusado de entrar armado no TRE-CE se pronuncia sobre caso - Cn7 - Sem medo da notícia

Homem acusado de entrar armado no TRE-CE se pronuncia sobre caso

Por meio de nota, o guarda municipal de Sobral contou o seu lado da história

Homem acusado de entrar armado no TRE-CE se pronuncia sobre caso

Prédio do TRE-CE

24/04/2025 8:55

O guarda municipal de Sobral Davi Gomes, acusado de entrar armado no Tribunal Regional Eleitora do Ceará (TRE-CE), pronunciou-se por meio de nota para contar o seu lado da história. Segundo ele, tudo foi feito com o consentimento da equipe de segurança da Corte.

"Após apresentar a documentação exigida, fui orientado pelos próprios agentes de segurança do Tribunal sobre os procedimentos para o acautelamento da arma, sendo então acompanhado pelo Policial Judicial Lailton até o último andar, onde, sob sua supervisão, acondicionei o armamento no cofre institucional, mediante o preenchimento do formulário padrão do TRE para este tipo de expediente. Recebi a chave para controle pessoal, conforme procedimento estabelecido pelos próprios servidores do Tribunal", escreveu Davi.

O guarda municipal ainda garante que não houve da parte dele "qualquer intenção de violar regras ou ameaçar a integridade do ambiente institucional".

Em tempo

O caso aconteceu no dia 8 de abril deste ano, quando o TRE-CE analisava a liberdade do prefeito afastado de Santa Quitéria, Braguinha.

"Eu achei de muita gravidade, eu achei audacioso o comportamento de um cidadão desse. Se ele passa, ele vem pra cá. Chegando aqui, o que é que ele iria fazer?", declarou o presidente do TRE-CE, o desembargador Raimundo Nonato.

O presidente do TRE-CE determinou o envio de ofícios à Superintendência da Polícia Federal no Ceará, à Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD), à Secretaria da Segurança Pública do Estado e à delegacia que recebeu a ocorrência.

Leia a nota de Davi Gomes na íntegra

NOTA DE ESCLARECIMENTO

No dia 08 de abril de 2025, acompanhei o Dr. Samuel Furtado Barroso até a cidade de Fortaleza, onde ele participaria presencialmente de uma sessão no plenário do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará. Ao chegarmos à sede do TRE, já na recepção, porém antes mesmo do pórtico (detector de metais), identifiquei-me e, de forma espontânea, comuniquei aos responsáveis pela segurança que portava uma arma de fogo. Apresentei minha identificação funcional de Guarda Civil Municipal de Sobral, bem como o Certificado de Registro de Arma de Fogo (CRAF), devidamente expedido pela Polícia Federal.

Inclusive, esclareço que, ao chegarmos ao Tribunal, foi sugerido pelo Dr. Samuel que eu aguardasse no carro ou no restaurante, fora do edifício. No entanto, certo de que não haveria qualquer impedimento ou irregularidade em minha conduta, e confiando no procedimento padrão de acautelamento de armamento no interior do TRE, optei por seguir até a recepção, onde me identifiquei e segui todas as orientações legais.

A arma em questão, registrada e legalizada desde 2021, foi adquirida para defesa pessoal e da minha família, em virtude da natureza da minha profissão e dos riscos diários que envolvem a atuação na segurança pública. Ao longo dos meus anos de serviço, jamais utilizei tal armamento de forma indevida, nem representei qualquer tipo de ameaça ou conduta irregular, seja no âmbito profissional, seja no convívio social.

Após apresentar a documentação exigida, fui orientado pelos próprios agentes de segurança do Tribunal sobre os procedimentos para o acautelamento da arma, sendo então acompanhado pelo Policial Judicial Lailton até o último andar, onde, sob sua supervisão, acondicionei o armamento no cofre institucional, mediante o preenchimento do formulário padrão do TRE para este tipo de expediente. Recebi a chave para controle pessoal, conforme procedimento estabelecido pelos próprios servidores do Tribunal.

Todo o procedimento foi concluído com antecedência ao início da sessão, previsto para as 14h. Durante esse intervalo, permaneci dentro do Tribunal apenas de posse da chave onde minha arma estava acautelada. Frise-se: estive totalmente desarmado enquanto permaneci nas dependências do Tribunal, de forma tranquila e discreta. Às 14h50, fui chamado para prestar esclarecimentos e, com toda transparência, reiterei os fatos e as providências adotadas.

Importante destacar que todos os atos praticados estão registrados pelas câmeras de segurança do Tribunal, as quais certamente confirmarão que minha conduta foi pautada pela legalidade, transparência e respeito às normas institucionais.

Reafirmo que jamais houve da minha parte qualquer intenção de violar regras ou ameaçar a integridade do ambiente institucional. Desde o primeiro momento, colaborei com os protocolos e atuei com a serenidade que a função pública exige.

Por fim, reafirmo minha honra, ética e integridade como servidor público, atributos que construí ao longo dos anos e que jamais foram objeto de questionamento. Coloco-me, como sempre, à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos adicionais, certo de que a verdade prevalecerá.

Espero, sinceramente, que o próprio Tribunal Regional Eleitoral divulgue as imagens internas do circuito de segurança, a fim de que este equívoco seja claramente e publicamente esclarecido, restabelecendo a verdade e a justiça.

Davi Gomes Ávila Mendes
Guarda Civil Municipal de Sobral/CE
Servidor Público

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