O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira (27) em reunião do Conselho de Saúde Suplementar que os chineses “inventaram” o coronavírus, mas que a vacina desenvolvida pelo país contra a doença, a CoronaVac, é menos efetiva que a da Pfizer, dos Estados Unidos. O imunizante é desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan e foi aplicada em 80% dos brasileiros que receberam a vacina contra a Covid.

"O chinês inventou o vírus, e a vacina dele é menos efetiva do que a americana. O americano tem 100 anos de investimento em pesquisa. Então, os caras falam: “Qual é o vírus? É esse? Tá bom, decodifica”. Tá aqui a vacina da Pfizer. É melhor do que as outras", disse o ministro que, no momento da declaração, estava acompanhado dos ministros da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, e da Saúde, Marcelo Queiroga, e de representantes do setor de saúde. Porém, ninguém avisou ao ministro Paulo Guedes que a reunião estava sendo transmitida.

Paulo Guedes, no entanto, tomou a vacina CoronaVac. Esta não é a primeira vez que aliados ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) lançam suspeitas sobre a eficiência do imunizante. Além disso, a acusação que a China criou o vírus é duramente rebatida por Pequim. Inclusive, tais afirmações estiveram no centro de uma crise diplomática entre a China e o governo brasileiro.

Vacina previamente recusada

As vacinas da Pfizer, desenvolvida junto com o laboratório alemão BionTech, ainda não foram aplicadas no Brasil. Isso porque, em agosto de 2020, o governo recusou uma oferta de 70 milhões de doses da Pfizer para entrega até dezembro. Porém, em março desse ano, anunciou a compra de 100 milhões de doses do mesmo imunizante.