Hidrogenio verde e o combustivel do futuro

Elmano defende atualização no discurso da esquerda sobre segurança

Declarações foram dadas em entrevista ao jornal O Globo

(Foto: Thiago Gaspar/Governo do Ceará)

09/06/2024 15:35

Em entrevista ao jornal O Globo, divulgada neste domingo (9), o governador Elmano de Freitas expressou a necessidade de uma atualização no discurso da esquerda brasileira no debate sobre as políticas de segurança pública. Na visão do chefe do Executivo cearense, a injustiça social, a pobreza e a desigualdade, embora relevantes, não são as únicas causas para o aumento da violência no país.

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“A esquerda tem que se atualizar, porque por muito tempo enfatizamos que a injustiça social, a desigualdade e a pobreza são causas importantes da violência nos centros urbanos, e ainda acredito nisso. Só que não é a única causa”, avaliou.

“Se olharmos a nossa experiência no primeiro e segundo governos do presidente Lula, a vida do povo brasileiro melhorou muito, e nesse período a violência também aumentou. A vasta maioria de homicídios é por disputa de território de organizações criminosas”, completou.

Elmano de Freitas propôs a criação de um Ministério de Segurança Pública. Para ele, tal medida se faz necessária para melhorar a integração entre as forças de segurança e as instâncias judiciais. “A polícia passa anos para prender um cara muito perigoso, e às vezes essa pessoa é solta por decisão judicial, talvez porque o inquérito teve uma falha processual. Isso desestimula. Hoje, nosso grau de integração está deixando a desejar”, disse o governador, referindo-se à necessidade de um alinhamento mais efetivo entre as polícias, o Ministério Público e o Poder Judiciário.

O chefe do Poder Executivo cearense rejeitou a ideia de que a esquerda protege criminosos, uma acusação levantada por setores da extrema-direita. Elmano de Freitas criticou esses setores por, segundo ele, promoverem uma política de segurança sem lei.

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O governador Elmano defendeu uma postura firme contra o crime. Ele também enfatizou a importância de combinar políticas de prevenção e oportunidades sociais com uma ação rigorosa contra aqueles que optam pelo caminho do crime. “Precisamos de um projeto com oportunidades para a população, mas, se a pessoa resolver ir para o mundo do crime, vamos tratá-la como inimiga do povo e da democracia”, disse.

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