O governador Elmano de Freitas, acompanhado da secretária da Saúde do Ceará, Tânia Mara Coelho e do provedor da Santa Casa, Vladimir Spinelli, anunciou que o Governo do Ceará fará parceria para apoio emergencial ao hospital filantrópico Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza. O objetivo é amenizar as dificuldades que levaram à redução da capacidade de atendimento na instituição.

O Estado quer apoiar a sustentabilidade financeira da Santa Casa com o aporte financeiro, parceria de supervisão e monitoramento de gestão, por meio da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). Elmano detalhou as negociações.

“Entendemos que era necessário buscarmos uma aproximação maior e uma parceria com o governo federal e a própria Santa Casa para colaborarmos com a sociedade cearense. A Santa Casa tem mais de 200 leitos, com uma condição ímpar e em uma sociedade que precisa muito dela. Termos uma Santa Casa fortalecida é muito importante para o Sistema Único de Saúde (SUS)", falou o governador.

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Atualmente, o funcionamento de leitos é de cerca de 25% da capacidade e a realização de cirurgias, em torno de 20%. “Queremos, pelo menos até o começo de outubro, a definição da contratualização de leitos, se continua uma parte com a Prefeitura e uma parte com o Governo do Estado, ou se essa parceria envolverá todos os leitos. É do nosso interesse que sejam todos os leitos”, declarou Elmano.

A secretária de Saúde do Estado, Tânia Mara Coelho falou do papel estratégico da Santa Casa de Misericórdia na realização de cirurgias, principalmente de média complexidade. “Entendemos que é uma unidade que não pode parar. Temos mais de 30 residentes na Santa Casa. Os mais de 200 leitos da Santa Casa servem de retaguarda e para aumentar a capacidade cirúrgica do estado”, detalhou.

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O Provedor da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza, Vladimir Spinelli, explicou que, de cada dez procedimentos, pelo menos sete são deficitários na realidade do hospital. São cerca de R$ 100 milhões em dívidas. “Mais ou menos, metade é com a Caixa Econômica Federal e a outra metade são dívidas com fornecedores, prestadores de serviços e uma parte de encargos, que a gente tem parcelado. Sobre recursos a receber, estamos com junho, julho e agosto em atraso em termos de recursos do Município e recursos transferidos via Município, que não recebemos ainda", explicou.

Com o fôlego financeiro capaz de arcar com os custos de retomada da média de 50 cirurgias por dia, o hospital filantrópico tende a se reorganizar financeiramente com a realização de procedimentos do Plantão Cirurgias, do Governo do Ceará, que dá vazão à fila por cirurgias eletivas e tem tabela acima do SUS.