Fiocruz alerta para risco de retorno da Poliomielite no Brasil
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Fiocruz alerta para risco de retorno da Poliomielite no Brasil

Segundo especialista baixa imunização representa risco

Foto: Raquel Portugal/Fiocruz

06/05/2022 10:09

Nesta semana a Fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz, alertou autoridades do Brasil sobre um possível retorno da Poliomielite ou paralisia infantil ao Brasil. A conclusão é do professor da instituição, Fernando Verani, epidemiologista da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz.

Segundo o professor, dentre os vários motivos, o principal é a baixa cobertura vacinal do país. De acordo com a Fundação, desde 2015 o Brasil não cumpre a meta de 95% do público alvo vacinado. Patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença.

A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa aguda causada pelo poliovírus selvagem responsável por diversas epidemias no Brasil e no mundo. Ela pode provocar desde sintomas como os de um resfriado comum a problemas graves no sistema nervoso, como paralisia irreversível, principalmente em crianças com menos de cinco anos de idade.

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS), oferece duas vacinas diferentes para a imunicação da pólio. A inativada e atenuada. A inativada deve ser aplicada nos bebês aos 2, 4 e 6 meses de idade. Já o reforço da proteção contra a doença é feito com a vacina atenuada, aquela administrada em gotas por via oral entre os 15 e 18 meses e depois, mais uma vez, entre os 4 e 5 anos de idade.

De acordo com o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), a cobertura vacinal com as três doses iniciais está abaixo dos 67% em 2021. A cobertura das doses de reforço (a de gotinha) é ainda menor, e apenas 52% das crianças foram imunizadas.

Nas regiões Nordeste e Norte, a situação é mais complicada, com percentuais entre 42% e 44%.

A fundação afirma que com a baixa imunização as chances de uma reintrodução da doença no país é crescente. De acordo com Fernando Verani, também é motivo de preocupação a pouca eficiência nas estratégias de vigilância da doença para a contenção de possíveis surtos.

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