Felipe Mota cobra ações contra crime organizado na política cearense
Parlamentar levou um bolo para "comemorar" 05 meses de fuga de Bebeto Queiroz
(Foto: Júnior Pio/Alece)
07/05/2025 15:52
O deputado estadual Felipe Mota (União Brasil) criticou, em discurso na tribuna da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), nesta quarta-feira (07), o que chamou de "impunidade" no enfrentamento ao crime organizado no Estado. Em tom irônico, o parlamentar levou um bolo à tribuna para "comemorar" os cinco meses da fuga do ex-prefeito de Choró, Bebeto Queiroz (PSB), cassado pela Justiça e atualmente foragido.
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Felipe Mota afirmou que a ausência de ações concretas, especialmente por parte da Polícia Federal (PF), tem contribuído para o fortalecimento das facções criminosas no Ceará, inclusive com presença na política por meio do controle de prefeituras. Ele também cobrou respostas sobre um ofício enviado à PF, em 2023, solicitando informações sobre eventuais vínculos de prefeitos e deputados com o crime organizado. Segundo o deputado, o pedido não foi respondido.
"Como eu posso acusar um faccionado se o mundo político está dando uma das piores respostas à sociedade?", questionou. O parlamentar também citou declarações do presidente do TRE-CE, desembargador Raimundo Nonato, sobre a fragilidade institucional diante do avanço do crime, e criticou partidos que, segundo ele, se mantêm inertes diante da situação. "Vocês não têm vergonha de ter um filiado procurado há cinco meses e estarem no mesmo partido sem dar uma resposta?", disse.
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Ao final do pronunciamento, Felipe Mota destacou que o problema vai além de disputas políticas e representa risco direto a agentes públicos. "Um deputado pode ser a próxima vítima. O secretário de Segurança que pode ser a próxima vítima. Até o governador do Estado que pode ser a próxima vítima", alertou.
Assista ao vídeo: