A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) vai investigar uma denúncia do jornal português "Público", que apontou a presença da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no futebol do país. De acordo com a reportagem, a facção criminosa brasileira assumiu o controle da Associação Desportiva de Fafe, clube que disputa a terceira divisão do campeonato local.

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Segundo a matéria, o PCC teria buscado adquirir o controle de outras Sociedades Anônimas Desportivas (SAD), como as dos clubes Varzim, Felgueiras e Vilaverdense, mas as propostas foram recusadas. A principal motivação seria utilizar os clubes para operações de lavagem de dinheiro.

Ainda de acordo com a reportagem, o empresário e agente de jogadores Ulisses Jorge, que seria ligado ao PCC, teria desempenhado um papel central nas negociações. Por meio de nota divulgada pelo Fafe, Ulisses negou qualquer envolvimento com a facção criminosa.

"Não é verdadeira e é leviana a informação na qual a reportagem se baseia, de que o empresário Ulisses Jorge, CEO da UJ Football Talent, seria suspeito de gerir qualquer tipo de esquema ilegal", afirmou o comunicado.

Conforme a reportagem, embora não conste oficialmente no controle acionário do Fafe, o grupo teria iniciado operações no clube, utilizando inclusive transferências de jogadores para movimentações financeiras suspeitas.

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A abertura oficial da investigação pela FPF deve ocorrer na próxima reunião do Conselho de Disciplina, momento em que serão definidos os encaminhamentos para apuração dos fatos.